A besta que muito anda, não falta quem a tanja.
Quem se expõe demasiado ou anda à solta atrai inveja, provocações ou ataques.
Versão neutra
Quem se expõe muito arrisca-se a ser alvo de provocações ou ataques.
Faqs
- O que significa exatamente 'tanja' neste provérbio?
No contexto do provérbio, 'tanja' é um termo dialectal ou arcaico que significa perturbar, incomodar ou perseguir. Assim, a frase indica que a criatura que muito vagueia acaba por ser incomodada ou atacada. - Quando devo usar este provérbio?
Usa-se como advertência quando alguém está demasiado exposto ou a tomar demasiados riscos públicos, seja literalmente (um animal à solta) ou figurativamente (comportamento visível que pode atrair críticas ou prejuízos). - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; trata-se de um aviso cauteloso. Porém, dependendo do tom, pode ser usado para criticar alguém por se expor demasiado. - Tem origem regional?
Sim — pertence à tradição oral rural de língua portuguesa e a forma e palavras podem variar por regiões. A origem exacta não é documentada.
Notas de uso
- Usa-se para avisar alguém que a visibilidade ou a mobilidade excessiva pode trazer problemas.
- Registo: coloquial e popular; mais frequente em contextos rurais e entre gerações mais velhas.
- «Besta» refere-se a um animal (literal) ou figura metafórica (pessoa, situação) que se expõe.
- A palavra «tanja» é dialectal/arcaica no contexto do provérbio e corresponde a perturbar, incomodar ou perseguir.
Exemplos
- Literal: No monte, o cavalo que andava sempre sozinho acabou por ser cercado e molestado — a besta que muito anda, não falta quem a tanja.
- Figurado: Nas redes sociais, ao partilhar tudo sobre a sua vida, ela acabou por receber críticas; afinal, a besta que muito anda, não falta quem a tanja.
- Conselho a um jovem empreendedor: não te exponhas sem precauções; quem muito aparece arrisca-se a atrair inimigos.
Variações Sinónimos
- Quem muito anda, arrisca-se a ser atacado.
- Quem anda à solta, não escapa às picadas.
- Quem se expõe demais, atrai inimigos.
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão. (aviso sobre oportunidades para o mal)
- Quem semeia ventos, colhe tempestades. (consequências de actos imprudentes)
- Não desesperes, mas protege-te. (conselho prático semelhante)
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca. (defende a exposição/risco como necessário)
- Andar é preciso. (valorização do movimento e da experiência)
- Quem muito anda, muito aprende. (ênfase positiva na exposição)
Equivalentes
- inglês
Whoever exposes themselves too much will attract trouble. (aproximação; não há um provérbio idêntico de uso corrente) - espanhol
El que se expone mucho, se arriesga a ser molestado. (equivalente aproximado) - francês
Qui s'expose trop s'expose aux attaques. (tradução explicativa, não um provérbio idiomático comum)