A chave na cinta faz a mim boa e à minha vizinha.
Uma ação, recurso ou cuidado que serve a uma pessoa também beneficia quem está perto — ideia de utilidade partilhada e solidariedade prática entre vizinhos.
Versão neutra
O que guardo/tenho acessível serve-me a mim e também à minha vizinha.
Faqs
- Este provérbio é literal — refere‑se mesmo a chaves?
Não necessariamente; embora a imagem seja literal, o provérbio usa a chave como metáfora para qualquer recurso, cuidado ou gesto que esteja acessível e beneficie outra pessoa. - Em que contextos é apropriado usar esta expressão?
É apropriada em conversas sobre partilha de ferramentas, ajuda entre vizinhos, medidas de segurança comunitária ou quando se quer enfatizar benefícios mútuos de uma acção simples. - É um provérbio muito usado em Portugal?
Trata‑se de uma expressão com sabor regional e coloquial; pode não ser universalmente conhecida em todas as regiões, mas a ideia que transmite é facilmente compreensível. - Há riscos em aplicar a ideia literal do provérbio?
Sim. Partilhar acesso ou chaves sem confiança pode comprometer segurança e privacidade. Convém avaliar a relação e os riscos antes de partilhar.
Notas de uso
- Usa‑se para sublinhar que um pequeno gesto, objecto ou precaução traz vantagem não só a quem o tem como também a comunidade imediata.
- Emprega‑se em situações de vizinhança, cooperação informal, partilha de ferramentas ou prevenção que protege mais do que um indivíduo.
- Registo: coloquial e regional; adequado em conversas informais e textos sobre costumes comunitários.
- Tom: positivo, enfatiza benefício comum; evitar usar quando a questão envolver privacidade ou risco de abuso (a partilha nem sempre é benéfica).
Exemplos
- Levei o corta‑relva na garagem do prédio e disse: a chave na cinta faz a mim boa e à minha vizinha — se alguém precisar, pode pegar e cortar o relvado.
- Quando instalei um extintor no corredor, lembrei‑me do ditado: a chave na cinta faz a mim boa e à minha vizinha — uma precaução que protege toda a casa.
Variações Sinónimos
- A chave na cintura serve a mim e ao vizinho.
- O que guardo acessível serve a mim e ao meu vizinho.
- O que é útil a mim é útil à minha vizinha.
Relacionados
- Quem dá aos pobres nunca perde.
- Uma andorinha não faz verão. (contraste: benefício individual vs. colectivo)
- Casa de vizinho, esmola de amigo (sobre ajuda entre vizinhos)
Contrapontos
- Partilhar chaves ou acesso pode pôr em risco a privacidade e a segurança se não for feito com confiança.
- Nem tudo o que é bom para uma pessoa é necessariamente bom para outra — interesses e consequências podem divergir.
- A expressão pressupõe reciprocidade e boa vizinhança; não se aplica em relações conflituosas ou desiguais.
Equivalentes
- English
The key at my belt helps both me and my neighbour. (literal translation; idea: what benefits me can benefit my neighbour) - Español
La llave en la cintura me sirve a mí y también a mi vecina. (traducción literal; transmite la idea de beneficio compartido) - Français
La clé à la ceinture me sert et sert aussi ma voisine. (traduction littérale; idée de bénéfice mutuel) - Deutsch
Der Schlüssel am Gürtel nützt mir und meiner Nachbarin. (wörtliche Übersetzung; Idee: gemeinsamer Nutzen)