Fui a casa da minha vizinha, envergonhei-me; vim para a minha e governei-me.
Diz que numa casa alheia a pessoa pode sentir‑se desconfortável ou envergonhada; em casa própria recupera a compostura e o controlo.
Versão neutra
Fui à casa da minha vizinha e senti‑me envergonhado; voltei para a minha e recomponho‑me.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que numa casa alheia se pode sentir vergonha ou desconforto; no próprio lar a pessoa recupera a compostura e sente‑se segura. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer justificar timidez, desconforto ou preferência pelo ambiente familiar depois de uma experiência desagradável fora de casa. - Este provérbio tem origem conhecida?
Não há indicação de origem documentada; trata‑se de saber popular transmitido oralmente. - É uma expressão ainda usada hoje em dia?
Sim, embora o registo seja algo tradicional; pode aparecer em conversas informais ou textos que recuperem linguagem popular.
Notas de uso
- Provérbio de uso coloquial e registado como expressão popular; tom muitas vezes reflexivo ou justificativo.
- Indica preferência pelo ambiente familiar e pela segurança emocional do próprio lar.
- Pode ser usado para descrever desconforto temporário num contexto social ou profissional e a subsequente recuperação quando se regressa ao seu espaço.
- Tem um registo ligeiramente arcaico; em fala corrente pode surgir em forma abreviada ou reformulada.
Exemplos
- Depois de ouvir comentários mal colocados na festa, ela disse: «fui a casa da minha vizinha, envergonhei‑me; vim para a minha e governei‑me», para explicar que só se sente à vontade em casa.
- Ao falar da mudança para o novo bairro, justificou a sua timidez com o provérbio, indicando que prefere o conforto do seu próprio lar.
Variações Sinónimos
- Fui à casa da vizinha, envergonhei‑me; voltei à minha e recomponho‑me.
- Em casa alheia fico desconfortável; no meu lar tudo volta ao normal.
- Na casa dos outros porta‑me mal; em casa mando em mim.
- Quem anda em casa alheia, perde a liberdade; em casa própria, retoma‑a.
Relacionados
- Cada um é rei na sua casa
- Cada um sabe onde lhe aperta o sapato
- Não há lugar como o nosso
Contrapontos
- Pode ser usado para justificar isolamento ou falta de adaptação em situações que exigem integração.
- Não reconhece o valor da hospitalidade alheia nem a possibilidade de sentir‑se à vontade fora de casa com respeito mútuo.
- Nem sempre se aplica: algumas pessoas sentem‑se bem em ambientes externos e desconfortáveis em casa.
Equivalentes
- Inglês (literal)
I went to my neighbour's house and felt ashamed; I came home and pulled myself together. - Inglês (idiomático)
There's no place like home. - Francês
On n'est jamais si bien que chez soi. - Espanhol
No hay nada como el hogar (no hay lugar como casa).