A forca não perde o seu

A forca não perde o seu.
 ... A forca não perde o seu.

A ideia de que, mais cedo ou mais tarde, quem comete actos censuráveis será apanhado ou punido.

Versão neutra

A punição acaba por alcançar quem cometeu o crime.

Faqs

  • O que significa exactamente 'A forca não perde o seu'?
    Significa que, cedo ou tarde, as pessoas que cometem actos censuráveis ou criminosos serão descobertas e punidas; transmite a ideia de inevitabilidade das consequências.
  • Posso usar este provérbio em contexto formal?
    Em contextos formais é preferível optar por versões neutras, como 'a punição acaba por alcançar os culpados', já que a referência à 'forca' é histórica e forte.
  • É um provérbio ofensivo ou sensível?
    Refere‑se a execução e punição, por isso pode ser sensível para algumas audiências. Deve ser usado com cuidado, evitando‑o em situações de temática traumática ou legal delicada.
  • Tem origem verificada em algum autor ou texto?
    Não há origem documentada precisa; pertence à tradição oral dos provérbios portugueses e terá-se formado em épocas em que a forca era símbolo visível de punição.

Notas de uso

  • Usa‑se para expressar confiança na justiça ou na inevitabilidade das consequências de actos errados.
  • Tem tom moralizador e pode ser usado de forma condenatória contra alguém considerado culpado.
  • É um ditado tradicional; em contexto formal pode ser substituído por formulações mais neutras.
  • Ao mencionar 'forca', evoca instrumentação de execução histórica — pode ser sensível em ambientes onde se evita linguagem violenta.

Exemplos

  • Depois de anos a enganar os clientes, disseram‑lhe que 'a forca não perde o seu' — esperavam que a justiça chegasse.
  • Quando se soube da fraude, alguns comentaram: 'A forca não perde o seu', querendo dizer que nada fica impune para sempre.
  • Num debate sobre corrupção, alguém usou a expressão para sublinhar que, mesmo que demore, os responsáveis serão responsabilizados.

Variações Sinónimos

  • A forca não perde o homem dela
  • Cada um colhe o que semeia
  • O que semeias, tu hás de colher
  • A justiça tarda, mas não falha

Relacionados

  • Cada um colhe o que semeia
  • Quem semeia vento colhe tempestade
  • A justiça tarda, mas não falha

Contrapontos

  • Nem sempre quem merece é punido — a justiça pode falhar.
  • Há casos em que os culpados escapam impunes.
  • A ideia de inevitabilidade da punição pode ser usada para estigmatizar sem prova.

Equivalentes

  • inglês
    The gallows never loses its own (tradução literal); equivalente aproximado: 'What goes around comes around.'
  • espanhol
    La horca no pierde al suyo (tradução literal, pouco usada); provérbios semelhantes: 'El que la hace, la paga.'
  • francês
    La potence ne perd pas son homme (tradução literal, pouco idiomática); provérbios semelhantes: 'Qui sème le vent récolte la tempête.'