A gente nunca se esquece de quem se esquece da gente.
Expressa que as pessoas tendem a lembrar com nitidez daqueles que as ignoraram ou magoaram; a sensação de esquecimento gera ressentimento e memória duradoura.
Versão neutra
Normalmente lembramos com clareza das pessoas que nos esqueceram.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se ao comentar experiências de desconsideração, ingratidão ou desprezo, sobretudo em contextos informais. Evite‑o se quiser manter um tom conciliador. - Este provérbio sugere que devemos guardar rancor?
Não necessariamente; descreve uma tendência psicológica a lembrar feridas emocionais. Não é uma recomendação de comportamento, e pode ser seguido por aconselhamento a perdoar ou dialogar. - Tem origem conhecida ou autor identificável?
Não há autoria conhecida; é uma formulação popular que circula no português coloquial e reflete um sentimento comum sobre memória e relações.
Notas de uso
- Usa-se para comentar situações de ingratidão, desprezo ou negligência interpessoal.
- Tom coloquial; frequente em conversas informais ou textos de opinião, menos em contextos formais.
- Pode implicar crítica à outra parte, por isso convém ponderar antes de usar em situações delicadas.
- Refere-se mais a memória afetiva e ao ressentimento do que a uma regra objetiva sobre comportamento humano.
Exemplos
- Depois de ter sido ignorado no trabalho, o João disse: «A gente nunca se esquece de quem se esquece da gente» para justificar o afastamento dele.
- Quando a Maria soube que os antigos amigos não a convidaram para a reunião, comentou: «A gente nunca se esquece de quem se esquece da gente» — agora evita procurá‑los.
Variações Sinónimos
- A gente nunca esquece quem nos esqueceu
- Ninguém esquece o desprezo recebido
- Não se esquece de quem nos vira as costas
Relacionados
- ingratidão
- rancor
- memória afetiva
- Quem não é visto não é lembrado (relacionado ao tema da atenção)
Contrapontos
- O esquecimento pode ser involuntário e não signifique desrespeito ou indiferença.
- Guardar ressentimento contínuo pode ser prejudicial; o provérbio descreve uma tendência, não aconselha comportamentos.
- Relações mudam com o tempo; ausência de contacto nem sempre é equivalente a esquecimento.
Equivalentes
- Inglês
One never forgets those who forget one. (tradução literal) - Espanhol
Nunca se olvida a quien te olvida. (tradução literal) - Francês
On n'oublie jamais ceux qui nous ont oubliés. (tradução literal)