A gente olha, e outro é que vê.
Aponta para a subjetividade da percepção: diferentes pessoas observam a mesma coisa e entendem-na de maneiras distintas.
Versão neutra
Cada pessoa vê as coisas de forma diferente.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para lembrar que opiniões sobre a mesma situação ou objecto podem variar entre pessoas, especialmente em discussões subjectivas como gosto, arte ou avaliações pessoais. - O provérbio implica que não há uma verdade objectiva?
Não necessariamente; destaca sobretudo que a perceção e interpretação individuais influenciam o entendimento. Em assuntos factuais, a evidência pode estabelecer conclusões objectivas. - Tem equivalente noutras línguas?
Sim. Exemplos incluem o inglês 'Beauty is in the eye of the beholder' e o espanhol 'Cada cual ve lo que quiere ver', que sublinham a subjectividade da percepção.
Notas de uso
- Registo: informal / coloquial; comum em conversas quotidianas.
- Emprego: usado para lembrar que avaliações e impressões pessoais podem divergir.
- Contextos: discussões sobre arte, opiniões, julgamentos pessoais, avaliações de comportamento ou resultados.
Exemplos
- Quando discutiam a exposição, ela disse: 'A gente olha, e outro é que vê' — isto é, cada crítico tem uma interpretação distinta.
- O livro divide opiniões; como se costuma dizer, 'a gente olha, e outro é que vê', por isso é natural haver desacordo.
Variações Sinónimos
- Cada um vê as coisas a seu modo.
- O que um vê, outro não vê.
- Cada um interpreta à sua maneira.
- Cada um vê conforme a sua própria experiência.
Relacionados
- Para gostos, as cores.
- A beleza está nos olhos de quem vê.
- Os olhos enganam.
Contrapontos
- Ver para crer. (sugere que a perceção directa confirma a realidade)
- Os olhos não enganam. (insinua fiabilidade da observação direta)
- Factos são factos. (apela à objectividade em vez da interpretação)
Equivalentes
- inglês
Beauty is in the eye of the beholder. - espanhol
Cada cual ve lo que quiere ver. - francês
Chacun voit midi à sa porte.