Adverte que os excessos (especialmente na alimentação) causam mais estragos do que a violência directa; usado para alertar contra vícios e hábitos prejudiciais.
Versão neutra
Os excessos alimentares têm causado mais mortes do que as armas.
Faqs
Este provérbio é literal ou figurado? É sobretudo figurado: usa a imagem da espada (violência) para contrastar com os males causados pela gula ou por excessos, normalmente para um efeito pedagógico.
Qual é a origem deste provérbio? A origem exacta não é claramente documentada; pertence à tradição popular e ao imaginário moralizador que associa vícios (como a gula) a consequências graves.
Posso usar este provérbio numa conversa sobre saúde? Sim, pode ser útil para ilustrar riscos de maus hábitos alimentares, mas convém ter cuidado para não estigmatizar pessoas com problemas de peso ou doenças relacionadas.
O provérbio aplica‑se a outros excessos além da alimentação? Sim. Por extensão, costuma ser usado para advertir contra qualquer comportamento excessivo que tenha consequências prejudiciais.
Notas de uso
Usado figurativamente para sublinhar os perigos dos excessos e da falta de moderação.
Frequentemente invocado em contextos de saúde pública ou moralizadores sobre alimentação e vícios.
Tom crítico ou pedagógico; evitar quando pode ser interpretado como culpabilização ou body‑shaming.
Pode aplicar‑se por extensão a outros excessos (consumo, trabalho, vícios) e não apenas à alimentação.
Exemplos
Numa aula de saúde pública, a professora disse: «A gulodice tem matado mais gente do que a espada», para sublinhar o impacto das doenças associadas à má alimentação.
Ao debater políticas contra a obesidade, o médico citou o provérbio para alertar que hábitos alimentares têm consequências tão graves quanto a violência.
Variações Sinónimos
A gula mata mais do que a espada
A gulodice mata mais do que a espada
A gula tem matado mais que a espada
A gula já matou mais gente do que a espada
Relacionados
Comer para viver, não viver para comer
Quem muito quer, tudo perde
Moderação em tudo
Contrapontos
De forma literal, guerras, conflitos e violência causaram e continuam a causar elevado número de mortes; a comparação depende do período temporal e dos critérios usados.
A afirmação tem um tom moralizante e generalizador; as causas de morte são multifatoriais (doença, pobreza, condições sanitárias).
Em termos de políticas públicas, combater doenças crónicas exige estratégias distintas das que se usam para prevenir violência.
Equivalentes
inglês Gluttony has killed more people than the sword.
espanhol La gula ha matado a más gente que la espada.
francês La gourmandise a tué plus de gens que l'épée.