Alerta que o excesso — aqui a gula — pode causar mais danos (nomeadamente à saúde) do que um perigo imediato ou violento; é uma hipérbole moral sobre os riscos da intemperança.
Versão neutra
A gula pode ser mais perigosa do que a espada.
Faqs
O provérbio é literal? Não; trata-se de uma metáfora moral que destaca os riscos do excesso. Refere-se sobretudo a consequências a longo prazo para a saúde e bem‑estar.
Quando é adequado usar este provérbio? Quando se pretende advertir sobre excessos (alimentares, de consumo ou de atitude) ou enfatizar a importância da moderação; evitar em situações que exigem sensibilidade sobre problemas de alimentação ou doenças.
É um provérbio antigo? Sim — é de tradição popular e ecoa ensinamentos morais antigos presentes em sermões e textos que valorizavam a temperança.
Notas de uso
Geralmente usado em sentido figurado para advertir contra excessos (alimentares ou de outro tipo).
Tom moralizante; adequado em contextos que tratem de saúde, autodisciplina ou crítica a comportamentos desmedidos.
Registo: coloquial a cultivado. Pode soar antigo ou proverbial em textos formais.
Não é uma afirmação científica literal, antes um aforismo que sublinha consequências a longo prazo (doenças, ruína) versus perigo imediato.
Exemplos
Depois de anos a comer sem controlo, contraiu problemas de saúde graves — a sua mãe dizia que 'a gula mata mais que a espada'.
No debate sobre alimentação e saúde pública, o especialista recorreu ao provérbio para sublinhar os custos económicos e sanitários do excesso de consumo.
Para advertir um jovem que gastava todo o dinheiro em refeições e desperdício, disse-se: 'Controla-te; a gula mata mais que a espada.'
Variações Sinónimos
A gula é pior que a espada.
A gula mata mais do que a espada.
Quem muito come, pouco vive (variação popular).
A intemperança mata mais que a violência.
Relacionados
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra (moderação).
Mais vale pouco e bom do que muito e mau (qualidade/moderação).
A saúde é o primeiro bem (valorização da saúde).
Contrapontos
É uma hipérbole: compara riscos imediatos (morte violenta) com consequências cumulativas e a longo prazo (doenças associadas ao excesso).
Cientificamente, a maioria das mortes por alimentação excessiva resulta de doenças crónicas e não de um único ato; o provérbio usa essa diferença para moralizar.
Pode ser interpretado como culpabilizador em contextos de dependência alimentar ou de desigualdade no acesso a alimentos; usar com sensibilidade.