A lei de amar é como a de reinar: não sofre dois.
Expressa que o amor e o poder exigem exclusividade: não aceitam duas vontades iguais ao mesmo tempo.
Versão neutra
A regra do amor é como a do poder: não admite dois.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que tanto o amor como o poder exigem exclusividade: não é possível haver dois amores iguais a uma pessoa nem dois governantes com autoridade plena ao mesmo tempo. - Posso usar este provérbio hoje em dia?
Sim, mas convém contextualizar. É apropriado para discutir fidelidade ou autoridade, e deve ser contrastado com visões modernas que aceitam partilha de afectos ou de poder. - Tem origem histórica conhecida?
É um provérbio popular de tradição oral em língua portuguesa; não há atribuição segura a um autor ou obra específica. - É ofensivo ou sensível?
Em si não é ofensivo; expressa uma norma tradicional. Pode, no entanto, ser contestado por quem defende modelos relacionais não‑exclusivos.
Notas de uso
- Usa‑se para sublinhar exclusividade afetiva (fidelidade) ou autoridade unificada (um único governante/decisor).
- Tem tom prescritivo — descreve uma norma social/psicológica mais do que um facto universal; hoje pode ser discutido em contextos de relações não‑monogâmicas ou de poder partilhado.
- Registo: formal/arcaico; adequado em textos literários, ensaios ou falas que citam tradição popular.
Exemplos
- Numa relação estável, ela lembrou‑lhe o provérbio: a lei de amar não sofre dois — esperava fidelidade emocional.
- No conselho da vila, o argumento foi usado para justificar um líder único: a autoridade eficaz raramente funciona quando existem dois que mandam.
Variações Sinónimos
- A lei do coração não suporta dois amores.
- Não se pode servir a dois senhores (variação bíblica com sentido similar).
- Quem tem dois donos, não tem nenhum (sentido análogo na administração do poder).
- O amor não se reparte.
Relacionados
- Não se pode servir a dois senhores.
- O coração não suporta dois amores.
- Quem tudo quer nada tem (em sentido de escolha entre opções).
Contrapontos
- Há formas contemporâneas de amar que admitem múltiplas afetividades (poliamor).
- Em democracia ou coligações, o poder pode ser partilhado — contraponto prático ao absoluto da frase.
- Nem sempre o amor ou a liderança são exclusivos; contextos culturais e pessoais variam.
Equivalentes
- espanhol
La ley de amar es como la de reinar: no admite dos. - inglês (tradução literal)
The law of loving is like that of reigning: it does not tolerate two. - francês (tradução literal)
La loi d'aimer est comme celle de régner : elle ne supporte pas deux.