A mau falador, discreto ouvidor.

A mau falador, discreto ouvidor.
 ... A mau falador, discreto ouvidor.

Quando alguém fala maldosamente ou demasiado, é prudente ouvir com discrição em vez de entrar na discussão ou espalhar a mensagem.

Versão neutra

Quando alguém fala demais ou mal dos outros, o melhor é ouvir com discrição.

Faqs

  • O que significa este provérbio em poucas palavras?
    Recomenda cautela: quando alguém fala demais ou de forma maldosa, é melhor ouvir discretamente em vez de reagir e propagar a conversa.
  • Quando devo aplicar este provérbio?
    Em situações de boatos, fofocas ou discussões inflamadas onde a sua participação pode aumentar o dano ou o conflito; especialmente em ambientes profissionais ou públicos.
  • Não é apenas um apelo à passividade?
    Não necessariamente. É uma recomendação situacional para evitar alimentar conversas nocivas. Em casos de injustiça, violência ou ilegalidade, a ação ou denúncia é apropriada.
  • Pode ser usado como estratégia de autoproteção?
    Sim. Em contextos onde contrariar abertamente alguém pode trazer riscos pessoais ou profissionais, ouvir discretamente pode minimizar exposição e represálias.

Notas de uso

  • Conselho prático para evitar alimentar boatos e conflitos.
  • Aplica-se em contextos sociais, familiares e profissionais onde responder pode agravar a situação.
  • Não equivale a conivência perante injustiças graves — há momentos em que é necessário intervir.
  • Pode ser uma estratégia de autoproteção em ambientes onde a reação provoca retaliação.

Exemplos

  • Numa conversa de corredor em que se criticava um colega ausente, a minha atitude foi a do provérbio: a mau falador, discreto ouvidor — não contribuí para os rumores.
  • Ao ser confrontado com boatos sobre a direção da empresa, preferi ouvir discretamente e não partilhar as especulações nas redes internas.
  • Quando a tia começou a teorizar sobre a vida alheia na reunião de família, apliquei a máxima e mantive-me calado para não inflamar o conflito.

Variações Sinónimos

  • Ao mal falador, ouvidor discreto.
  • Ouvir mais, falar menos.
  • Não dar corda a quem fala demais.

Relacionados

  • Quem cala, consente (uso crítico/irónico em alguns contextos).
  • Antes ouvir do que falar (valorização da escuta).
  • Não dar corda — expressão idiomática semelhante.

Contrapontos

  • Não serve como desculpa para permanecer em silêncio perante abuso, violência ou discriminação — nesses casos é ético intervir ou denunciar.
  • Em situações que exigem esclarecimento ou defesa de terceiros, ficar apenas como 'ouvidor discreto' pode ser irresponsável.
  • Em processos formais (recursos humanos, justiça), a omissão pode prejudicar apurações e responsabilizações necessárias.

Equivalentes

  • inglês
    To a blabbermouth, be a discreet listener.
  • espanhol
    Al mal hablador, oyente discreto.
  • francês
    À qui parle mal, écouteur discret.
  • alemão
    Bei einem Schwätzer sei ein diskreter Zuhörer.