A natureza do homem é querer e não querer

Expressa a ambivalência humana: o mesmo indivíduo sente simultaneamente desejo e recusa, o que explica indecisões e conflitos interiores.

Versão neutra

A natureza humana é sentir simultaneamente desejo e recusa.

O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa que as pessoas frequentemente sentem desejos contraditórios ao mesmo tempo, o que explica hesitações, adiamentos e conflitos internos antes de agir.
Quando é apropriado usar esta expressão?
É apropriado quando se quer comentar uma atitude indecisa ou um comportamento contraditório, por exemplo ao justificar por que alguém não toma uma decisão apesar de parecer querer algo.
Serve como desculpa para não agir?
Pode ser usado dessa forma, mas o provérbio descreve uma tendência humana; não anula a responsabilidade pessoal de decidir ou agir.
Tem ligação com conceitos psicológicos?
Sim. Relaciona-se com ambivalência, dissonância cognitiva e conflito entre desejos e medos, temas estudados pela psicologia.

Usa-se para comentar indecisões, hesitações ou sentimentos contraditórios perante uma escolha.
Pode funcionar como observação descritiva (explicar um comportamento) ou como crítica quando serve de justificação para inação.
É aplicável em contextos pessoais (relações, escolhas profissionais) e sociais (opiniões coletivas que mudam com facilidade).
Não deve ser tomado como determinismo absoluto: descreve tendência, não inevitabilidade.

Ele dizia que queria viajar, mas cada vez que aparecia uma oportunidade encontrava um motivo para não ir — a natureza do homem é querer e não querer.
Num debate sobre mudança de carreira, muitos manifestaram interesse, mas poucos avançaram com decisões concretas; é a ambivalência típica: querer e não querer.
Quando ofereceu ajuda, ela hesitou porque, por um lado desejava ser independente e, por outro, precisava de apoio — mostra como queremos e não queremos ao mesmo tempo.

Quem tudo quer nada tem (sobre excesso de desejos)
Entre o dizer e o fazer há um longo caminho (sobre distância entre intenção e ação)
As aparências enganam (quando a ambivalência se manifesta externamente)

Quem quer faz — contrapõe a ideia de ambivalência com responsabilidade pela ação.
Decide-te! — expressão que encoraja a superação da indecisão.
Quem quer, pode — enfatiza a capacidade de agir apesar das hesitações.