A necessidade força a fazer o que não se deve.

Quando faltam alternativas, as pessoas podem ser levadas a agir de maneira incorreta ou a transgredir regras.

Versão neutra

A necessidade pode levar alguém a agir de forma imprópria.

O que significa este provérbio?
Significa que a falta de opções ou recursos pode levar uma pessoa a agir de modo errado ou a quebrar normas que normalmente respeitaria.
Serve este provérbio como desculpa para actos ilegais?
Não necessariamente. Embora explique a pressão que altera o comportamento, não elimina responsabilidades legais ou morais; em contextos judiciais a necessidade pode atenuar, mas raramente justificar totalmente um crime.
Em que contextos é usado?
Usa‑se em análises sociais, discussões éticas e em linguagem corrente para comentar situações de privação, crise económica ou emergência que condicionam escolhas.

Usa‑se para explicar ou justificar comportamentos pouco recomendáveis sob pressão ou privação.
Tem sentido descritivo: observa um fenómeno social/psicológico; não é, por si só, uma justificação ética ou legal.
Registo: comum em linguagem corrente e reflexão moral; pode aparecer em textos jornalísticos e conversas informais.
Cautela: invocar o provérbio para absolver responsabilidades legais ou morais é contestável e frequentemente recusado.
Pode ser usado tanto para situações individuais (fome, necessidade económica) como colectivas (crises, guerras).

Durante a recessão, muitos comentavam que 'a necessidade força a fazer o que não se deve' quando se discutiam pequenos furtos por falta de rendimento.
O juiz rejeitou a defesa baseada no provérbio: apesar da necessidade, isso não justifica o roubo nos termos da lei.
Numa reunião de família, justificaram a escolha polémica com a ideia de que a necessidade tem força, mas nem todos concordaram com esse argumento.

A necessidade não tem lei.
Quem não tem cão, caça com gato.
Os fins não justificam todos os meios (contraponto comum).
Quem tem fome, tem pressa (relacionado com urgência provocada pela necessidade).

A necessidade não justifica cometer injustiças ou crimes: há limites legais e éticos.
Argumentar que a necessidade desculpa tudo ignora alternativas e responsabilidades sociais.
Soluções colectivas e apoios são preferíveis a aceitar que a necessidade legitime actos reprováveis.