A talhada é para quem a come.

A talhada é para quem a come.
 ... A talhada é para quem a come.

A porção (benefício, fruto, recompensa) pertence a quem a consome ou dela usufrui; implica que o direito resulta do uso ou da ação.

Versão neutra

A porção pertence a quem a consome.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para enfatizar que quem usufrui de algo tem direito à sua parte ou recompensa, seja num contexto doméstico (comida) ou figurado (crédito por trabalho). Evite-o se a situação exigir partilha igualitária ou decisão coletiva.
  • É rude dizer isto a alguém?
    Depende do tom e do contexto. Dito em tom acusatório pode soar ofensivo ou egoísta; dito como observação factual é aceitável. Considere normas sociais antes de o usar.
  • Serve para justificar qualquer apropriação?
    Não. O provérbio expressa uma ideia prática, mas não invalida regras legais, contratos ou obrigações morais que possam determinar outra distribuição.

Notas de uso

  • Usa-se tanto de forma literal (refere-se a comida/porções) como figurada (recompensa, crédito, responsabilidade).
  • Emprega-se para justificar que quem usufrui de algo tem direito sobre essa parte ou benefício.
  • Tem um tom prático e às vezes crítico: pode reforçar mérito individual ou justificar apropriação.
  • Não isenta obrigações legais ou morais (por exemplo, partilha consentida, regras comunitárias ou direitos laborais).

Exemplos

  • Na distribuição do queijo, disse: «A talhada é para quem a come», e cada um levou a sua fatia.
  • No fim do projeto, argumentou que a talhada era para quem a come — queria reconhecimento pelo trabalho que fizera.

Variações Sinónimos

  • A fatia é para quem a come.
  • Cada um come a sua talhada.
  • A porção é de quem a consome.
  • Quem usufrui, reclama.

Relacionados

  • Quem parte e reparte fica com a melhor parte.
  • Quem semeia, colhe.
  • Cada um por si e Deus por todos.

Contrapontos

  • Em contextos coletivos ou comunitários, a partilha pode ser regulada por regras que desafiam a ideia de apropriação pelo consumo.
  • Direitos legais (contratos, leis laborais) e normas éticas podem atribuir a recompensa a outros que não sejam apenas os que «comem».
  • Usar o provérbio para justificar comportamentos egoístas pode ser visto como imoral em ambientes que valorizam solidariedade.

Equivalentes

  • espanhol
    La tajada es para quien la come. (tradução literal e usada em variantes regionais)
  • inglês
    Literal: 'The slice belongs to the one who eats it.' Aproximação idiomática: 'Finders keepers' (nem sempre equivalente moral).
  • francês
    La part revient à celui qui la mange. (tradução literal; variantes idiomáticas dependem do contexto)
  • italiano
    La fetta è per chi la mangia. (tradução literal)
  • alemão
    Der Anteil gehört dem, der ihn isst. (tradução literal)