Barqueiro não paga a barqueiro.
Pessoas da mesma profissão ou ofício dão-se favores e costumam não cobrar umas às outras.
Versão neutra
Pessoas da mesma profissão frequentemente não cobram umas às outras por serviços prestados.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa-se em situações informais para descrever ou justificar favores entre pessoas da mesma profissão ou grupo, especialmente quando uma prestação de serviços é oferecida gratuitamente ou com desconto. - É aceitável aplicar este provérbio para recusar pagar um serviço?
Depende do contexto. Em relações informais entre colegas pode ser aceite, mas em contexto profissional formal, legal ou fiscal a não cobrança pode ser inadequada ou ilegal. - Tem conotação negativa?
Por vezes. Pode implicar compadrio ou favorecimento, e por isso ser criticado quando resulta em injustiça ou evasão de responsabilidades.
Notas de uso
- Usa-se em contexto figurado para justificar que colegas troquem serviços sem pagamento ou com tratamento preferencial.
- Tom coloquial; aparece em conversas informais sobre favores, mútuo auxílio ou compadrio.
- Pode ter conotação crítica quando serve para justificar falta de pagamento ou privilégios indevidos entre profissionais.
- Não é adequado em contextos formais ou legais onde existe obrigação contratual de pagamento.
Exemplos
- Quando pediu ajuda para rebocar o barco, respondeu-lhe que 'barqueiro não paga a barqueiro' e levou-o na sua embarcação sem cobrar.
- Na pequena oficina, o dono desculpou não emitir factura pelo trabalho: 'barqueiro não paga a barqueiro', disse, oferecendo o serviço ao colega.
- Embora não seja ético em todos os casos, às vezes esquecemos de cobrar um favor a quem trabalha connosco — é a ideia do provérbio 'barqueiro não paga a barqueiro'.
Variações Sinónimos
- Um barqueiro não paga a outro.
- Quem é da mesma profissão não paga.
- Colega não paga colega.
- Gentes do mesmo ofício não cobram entre si.
Relacionados
- Ajuda mútua entre colegas
- Favorecimento profissional
- Compadrio
Contrapontos
- Em serviços profissionais, cobrar é justo e necessário para sustentabilidade e cumprimento de obrigações fiscais.
- Usar o provérbio para recusar pagamento pode equivaler a conivência ou corrupção em contextos formais.
- A reciprocidade informal não substitui contratos, seguros ou responsabilidade civil quando aplicável.
Equivalentes
- English
Fellow tradesmen do not charge each other (literal); similar idea: 'Tradesmen look after their own.' - Español
El barquero no paga al barquero (literal); también: 'los de la misma profesión se ayudan gratis'. - Français
Le batelier ne paie pas le batelier (literal); idée approchante : « les collègues rendent service gratuitement ». - Deutsch
Ein Fährmann bezahlt den anderen nicht (literal); sinngemäß: ‚Kollegen helfen sich kostenlos.‘