Boca que fala, não mastiga.
Adverte que quem fala demais tende a não concretizar ações; prefira agir em vez de apenas discursar.
Versão neutra
Quem fala muito costuma não fazer o que disse.
Faqs
- O provérbio é pejorativo?
Geralmente sim: serve para criticar a falta de correspondência entre palavras e ações. No entanto, é uma observação prática, não um ataque pessoal inevitável. - Quando devo usar este provérbio?
Quando alguém promete ou fala muito sobre algo sem tomar medidas ou quando se quer valorizar a acção em vez de discurso vazios. Evite usar em situações em que falar é necessário. - Tem equivalentes noutras línguas?
Sim — em inglês 'All talk and no action' e em espanhol 'Mucho hablar y poco hacer' transmitem a mesma ideia.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar quem dá muitas opiniões ou anuncia intenções sem as cumprir.
- Aplica‑se em contextos pessoais e profissionais para valorizar a ação sobre a vaidade das palavras.
- Não implica que falar seja sempre mau — refere‑se ao excesso de conversa em detrimento do trabalho ou do sigilo.
Exemplos
- O chefe passa a vida a prometer mudanças, mas nada muda — boca que fala, não mastiga.
- Antes de anunciares o plano a toda a gente, lembra‑te: boca que fala, não mastiga; faz primeiro e depois partilha os resultados.
Variações Sinónimos
- Quem muito fala, pouco faz.
- Falar é fácil; fazer é que custa.
- Muito barulho, pouco trabalho.
Relacionados
- Falar é barato; o difícil é fazer.
- Quem tudo quer, tudo perde. (em contextos de avareza/ações inconsequentes)
Contrapontos
- Em algumas situações a comunicação antecipada é crucial (coordenação de equipas, segurança, consentimento): falar muito nem sempre é negativo.
- Planeamento e partilha de informação podem impedir erros — por vezes falar é preparar a ação.
- Para convencer ou liderar, é necessário comunicar; sem palavras claras, a ação pode falhar.
Equivalentes
- English
All talk and no action. - Spanish
Mucho hablar y poco hacer.