Caiu na rede que armou.
Alguém sofre as consequências de uma manobra ou armadilha que ele próprio preparou.
Versão neutra
Foi apanhado pela própria armadilha que montou.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A origem é popular e metafórica, provavelmente associada a práticas de pesca ou caça (armar uma rede). Não há registo de um autor ou data precisa; circula oralmente em variações regionais. - Quando devo usar 'Caiu na rede que armou'?
Use quando alguém sofre as consequências de uma ação intencional que praticou — por exemplo, fraudes, trapaças ou manipulações que acabam por ser descobertas. Evite em situações de vítima real ou tragédia. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como provocação ou gozo, especialmente se a outra parte sofreu prejuízo. Em contextos profissionais e sensíveis, é melhor optar por linguagem neutra. - Este provérbio é equivalente a 'Quem semeia ventos colhe tempestades'?
São semelhantes no sentido de consequências de ações, mas o primeiro enfoca especificamente a ideia de ser apanhado por um esquema próprio (armadilha), enquanto o segundo tem um sentido mais geral de causas e efeitos morais.
Notas de uso
- Tom: frequentemente irónico ou de advertência; pode transmitir schadenfreude se usado com troça.
- Registo: informal a neutro; aceite em textos jornalísticos e comentários, mas evitar em contextos formais que exijam neutralidade empática.
- Contexto: aplica-se quando uma pessoa é apanhada pelas próprias más intenções ou quando um plano volta contra o autor.
- Cuidados: não usar para justificar violência, culpar vítimas reais ou minimizar danos; pode ser interpretado como insensível.
Exemplos
- Depois de enganar clientes e falsificar documentos, acabou por cair na rede que armou quando as autoridades investigaram o esquema.
- O consultor tentou sabotar o concorrente, mas a investigação mostrou as suas manipulações — caiu na rede que armou.
Variações Sinónimos
- Caiu na própria rede.
- Foi apanhado pela própria armadilha.
- Caiu na armadilha que armou para outro.
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Quem cava a cova para o outro, aí cai
- O uso de artifícios volta-se contra quem os pratica
Contrapontos
- Não é apropriado para situações em que a pessoa é vítima e não responsável pelo acontecido.
- Evitar em contextos de violência, crimes graves ou tragédias onde a ênfase deve ser na proteção e justiça, não na troça.
- Usar com cuidado em relações profissionais: pode ser interpretado como difamatório ou como incentivo à vingança.
Equivalentes
- inglês
Hoist with his own petard / Caught in his own trap - espanhol
Cayó en la trampa que él mismo tendió / Cayó en su propia trampa - francês
Pris au piège qu'il a tendu / Pris dans son propre piège - alemão
Er ist in die Falle getappt, die er gestellt hat - italiano
È caduto nella rete che aveva teso / È caduto nella sua stessa trappola