Capenga não forma

Capenga não forma.

Elemento ou pessoa considerado defeituoso ou insuficiente não contribui para completar algo; não serve para formar o todo.

Versão neutra

O incompleto não forma o todo.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que algo ou alguém considerado defeituoso, incompleto ou incapaz não contribui para formar ou completar um conjunto ou tarefa.
Em que contextos se usa?
Usa-se informalmente para comentar situações de trabalho, produção ou selecção de pessoas/peças em que a falta de qualidade ou capacidade impede o bom resultado.
É ofensivo dizer a alguém 'capenga'?
Sim: aplicado a pessoas, pode ser considerado pejorativo e capaz de estigmatizar, especialmente no que toca a deficiências. Recomenda‑se optar por linguagem neutra e descritiva.
Há alternativas menos agressivas?
Sim: usar expressões como 'não adequado à função', 'incompleto' ou 'não cumpre os requisitos' transmite a ideia sem conotações ofensivas.

Uso informal e regional; aparece em contextos de trabalho em equipa, produção artesanal ou avaliação de capacidades.
Pode ser aplicado a objetos (peças faltantes) ou a pessoas, com sentido de incapacidade para cumprir determinada função.
Registo predominantemente coloquial e potencialmente pejorativo quando referido a pessoas; convém evitar em contextos formais ou inclusivos.

Na oficina percebemos que aquela peça está danificada: capenga não forma, não vale a pena tentar compor o aparelho assim.
Num projecto onde é necessária experiência técnica, alguém sem as competências adequadas acaba por demonstrar que capenga não forma — foi melhor reatribuir funções.
Se falta um dos elementos essenciais ao esquema, não podemos concluir o trabalho; o incompleto não forma o todo.

A expressão pode ser injusta quando aplicada a pessoas com deficiências — limitações não implicam incapacidade total nem invalidam contributos parciais.
Em muitas situações, formação e adaptação permitem que alguém inicialmente 'insuficiente' venha a ser útil; generalizar que 'capenga não forma' pode fechar portas.
Para objectos, em vez de descartar imediatamente, pode haver soluções de reparação ou adaptação que tornem a peça funcional.