Casar, casar e quedo o governo.

Casar, casar e quedo o governo.
 ... Casar, casar e quedo o governo.

Sugere que o casamento acalma as pessoas e reduz a agitação pública, ou que o acto de casar desvia atenção e responsabilidades civis, tornando a governação mais tranquila ou menos solicitada.

Versão neutra

Quando as pessoas se casam e se estabelecem, a agitação pública tende a diminuir.

Faqs

  • O que exatamente quer dizer este provérbio?
    Indica que o casamento tende a estabilizar as vidas individuais e, por consequência, a diminuir a agitação social ou as exigências dirigidas ao governo. Também pode ser usado ironicamente para dizer que o matrimónio distrai as pessoas de assuntos públicos.
  • Qual é a origem histórica deste provérbio?
    Trata‑se de um provérbio popular português de tradição oral. Não há autoria conhecida nem data segura de aparecimento; foi transmitido em coletâneas de provérbios regionais.
  • É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
    Depende do contexto. Pode ser usado de forma jocosa ou crítica, mas convém evitar generalizações sobre o papel do casamento na vida pública, pois a experiência e os efeitos sociais variam muito.
  • É um provérbio ofensivo?
    Não é intrinsecamente ofensivo; porém, aplicado de forma desdenhosa sobre escolhas pessoais (como não casar) pode ser interpretado como insensível.

Notas de uso

  • Usa‑se frequentemente em tom irónico ou crítico para comentar a relação entre vida privada (matrimónio) e vida pública (política, responsabilidades).
  • Pode ser dito por quem acredita que o casamento estabiliza comportamentos sociais ou, inversamente, que afasta os novos cônjuges de assuntos públicos.
  • Mais comum em contextos tradicionais; hoje pode aparecer como afirmação jocosa sobre prioridades pessoais.

Exemplos

  • Depois de o chefe de família ter casado os filhos e visto as suas vidas organizadas, comentou: «Casar, casar e quedo o governo», aludindo à maior tranquilidade do bairro.
  • Numa reunião de aldeia, alguém disse em tom de brincadeira: «Deixem‑nos casar em paz — casar, casar e quedo o governo», para dizer que o matrimónio costuma acalmar as discussões.

Variações Sinónimos

  • Casar e o governo aquieta-se.
  • Casam e a confusão baixa.
  • O casamento acalma o povo.

Relacionados

  • Quem casa quer casa (provérbio português sobre as expectativas do matrimónio)
  • Quem casa, casa (variação simples que ressalta o acto de casar como passo estabilizador)

Contrapontos

  • Casar não garante tranquilidade: o matrimónio pode trazer novas responsabilidades e conflitos.
  • Em contextos modernos, o casamento não afasta nem diminui automaticamente o envolvimento cívico ou político.

Equivalentes

  • inglês
    Marry and settle down (aproximação; não é um provérbio tradicional idêntico em sentido cultural).
  • espanhol
    Casarse y acomodarse (tradução aproximada; não corresponde a um provérbio clássico em espanhol).
  • francês
    Se marier et se calmer (versão descritiva; não provérbio consagrado).

Provérbios