Cego, e não de nuvem, todo o mal encobre.

Critica a cegueira voluntária ou a cumplicidade: quem se recusa a ver um erro ou injustiça acaba por o encobrir.

Versão neutra

Quem fecha os olhos por vontade própria acaba por encobrir todo o mal.

O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que, quando alguém se recusa intencionalmente a ver ou reconhecer um problema, está a facilitar ou a encobrir o mal.
Quando devo usar este provérbio?
Use-o para criticar atitudes de indiferença ou cumplicidade — por exemplo, quando uma pessoa ou instituição ignora irregularidades por conveniência.
É ofensivo dizer a alguém 'cego, e não de nuvem'?
Pode soar acusatório e moralista. Serve melhor numa critica dirigida a comportamentos (ignorância voluntária) do que como ataque pessoal à condição física de alguém.

Dirige‑se a pessoas ou instituições que ignoram propositadamente problemas, faltas ou corrupções.
Tem registo popular e algo arcaico; pode soar moralista quando usado como acusação.
Usa‑se tanto de forma literal (alguém que realmente não quer ver) como figurada (indiferença, cumplicidade).
A aplicação comum é crítica social ou familiar — por exemplo, a quem protege culpados ou fecha os olhos a abusos.

O novo dirigente sabia das irregularidades e fingiu ignorá‑las; cego, e não de nuvem, todo o mal encobre.
Quando uma família protege a violência de um dos seus em nome do segredo, aplica‑se bem o provérbio: cego, e não de nuvem, todo o mal encobre.
Num conselho que não investiga denúncias por conveniência política, a cegueira voluntária favorece a corrupção — cego, e não de nuvem, todo o mal encobre.

A vigilância e a denúncia impedem que o mal seja encoberto.
Nem toda a ignorância é voluntária; há situações em que a falta de conhecimento não implica cumplicidade.
Existem consequências legais e morais para quem oculta informações relevantes.

inglês
See no evil, hear no evil (similar idea of willful blindness)
espanhol
Ciego que no quiere ver (variação utilizada para censurar a cegueira voluntária)