Em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação

Em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação.
Provérbios Engraçados

Numa situação em que as capacidades ou exigências são baixas, comportar‑se como os demais não é mérito, é apenas cumprir o mínimo esperado.

Versão neutra

Em terra de cegos, ser cego é apenas cumprir a obrigação.

O que significa este provérbio?
Significa que, num ambiente onde as expectativas são baixas, comportar‑se como a maioria não é motivo de elogio, é apenas cumprir o esperado.
Posso usar este provérbio no trabalho?
Sim, para criticar padrões baixos ou justificar a falta de mérito de uma acção. Use com cuidado para não ofender colegas ou, se possível, proponha melhorias concretas.
Este provérbio é ofensivo?
A metáfora recorre à cegueira para descrever incompetência; isso pode ser considerado insensível em referência a pessoas com deficiência. Recomenda‑se cautela e optar por expressões menos estigmatizantes quando o contexto envolva pessoas reais com deficiência.
Qual a origem?
Trata‑se de um provérbio popular com variantes noutros idiomas; a origem exacta não é documentada.

Usa‑se para criticar um contexto em que a mediocridade é a norma e cumprir essa norma não merece elogio.
Tom geralmente irónico ou censurador; adequado em comentários sobre padrões baixos em instituições, equipas ou práticas.
Evitar usar o termo literalmente em referência a pessoas com deficiência; pode ser considerado insensível ou ofensivo.
Pode servir para apontar que um comportamento «aceitável» não implica excelência nem competência adicional.

A equipa financeira limitou‑se a repetir os mesmos relatórios sem melhorias — em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação.
Quando toda a manutenção é negligenciada, consertar o mínimo necessário já não é mérito: em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação.
Ele foi promovido apenas porque ninguém mais tinha coragem de aceitar o cargo; aqui aplica‑se o provérbio: em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação.

Dizer isto pode normalizar a mediocridade; é preferível apontar soluções além da crítica.
Nem sempre cumprir o mínimo é voluntário: limitações de recursos ou estruturas podem justificar um desempenho modesto.
Usar a expressão literalmente contribui para estigmatizar pessoas com deficiência; prefira metáforas neutras.