Chagas untadas doem, mas não tanto.

Chagas untadas doem, mas não tanto.
 ... Chagas untadas doem, mas não tanto.

Aceitar um desconforto imediato (o tratamento) porque reduz a dor ou resolve o problema a longo prazo.

Versão neutra

Tratar um problema pode doer no momento, mas tende a trazer mais alívio do que não o tratar.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se pretende exprimir que um incómodo imediato (um tratamento, esforço ou sacrifício) é preferível por levar a um resultado melhor ou a alívio no futuro.
  • Este provérbio aconselha a suportar qualquer dor?
    Não. É um princípio geral sobre sacrifício útil, mas não substitui avaliação crítica: convém pesar benefícios, riscos e alternativas.
  • É um provérbio de uso literal na medicina?
    Não. Embora use imagem médica, não é orientação clínica. Consulte profissionais de saúde para decisões sobre tratamentos.

Notas de uso

  • Usa-se para justificar ou aconselhar aceitar um sacrifício temporário para obter benefício futuro.
  • Registo popular e coloquial; adequado em conversas informais e reflexões sobre decisões difíceis.
  • Não deve ser usado como indicação médica literal: nem todo tratamento doloroso é benéfico.
  • Aplica-se tanto a situações físicas (ex.: tratamento) como metafóricas (ex.: investimento, diálogo difícil).

Exemplos

  • Quando propus assumir parte do trabalho mais difícil para acelerar o projeto, ela respondeu: “Chagas untadas doem, mas não tanto.”
  • O médico advertiu que a intervenção seria desconfortável; o avô murmurou: “Chagas untadas doem, mas não tanto”, lembrando que era para o bem.

Variações Sinónimos

  • Chagas untadas ardem, mas curam.
  • O remédio que pica, cura.
  • Tratar dói, mas deixa melhor.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Quem não arrisca não petisca.
  • Quem semeia, colhe.

Contrapontos

  • Nem todo sofrimento imediato leva a benefício — é preciso avaliar riscos e eficácia antes de agir.
  • Alguns “remédios” podem agravar a situação; cuidado com soluções que prometem cura mas prejudicam.
  • O provérbio normaliza o desconforto e pode levar a justificar atitudes desnecessariamente prejudiciais.

Equivalentes

  • inglês
    No pain, no gain.
  • espanhol
    El que algo quiere, algo le cuesta.