Chamo-me Aleixo: no mundo acho, no mundo deixo.
Afirma a transitoriedade dos bens e da vida: o que se ganha neste mundo permanece nele, pelo que nada se leva depois da morte; invoca desapego e aceitação.
Versão neutra
Chamo‑me Aleixo: tudo o que encontro ou ganho neste mundo, aqui deixarei — não levo nada comigo além da vida.
Faqs
- Quem é Aleixo no provérbio?
Aleixo é um nome próprio usado tradicionalmente como personagem genérica no provérbio; não corresponde a uma figura histórica específica, serve apenas para personificar a ideia. - O provérbio tem origem religiosa?
O conteúdo remete para noções comuns em tradições religiosas e filosóficas sobre a finitude e o desapego, mas o provérbio em si é de uso popular e não pertence exclusivamente a um contexto religioso. - Posso usar este provérbio em contexto profissional?
Sim, com cautela. Em ambientes profissionais pode ilustrar ideias sobre prioridades e simplicidade, mas evite‑o quando for necessário enfatizar planeamento financeiro ou responsabilidade com terceiros.
Notas de uso
- Usa‑se para exprimir resignação perante perdas materiais ou mudanças inevitáveis.
- Serve para justificar desapego e atitudes de simplicidade perante posses e fortuna.
- Pode aparecer em contextos religiosos, filosóficos ou familiares, especialmente em conversas sobre morte e heranças.
- É susceptível de ser invocado de forma irónica quando alguém recusa preocupar‑se com o futuro.
Exemplos
- Depois de vender a casa e dividir os bens entre os filhos, disse com um suspiro: «Chamo‑me Aleixo: no mundo acho, no mundo deixo.»
- Quando lhe perguntaram porque não guardava tanto para si, respondeu: «Prefiro viver tranquilo — no mundo acho, no mundo deixo.»
- Ao preparar‑se para a reforma, decidiu doar parte do património e comentou: «Não podemos levar isto connosco; no mundo acho, no mundo deixo.»
Variações Sinónimos
- Do mundo levo nada, no mundo deixo tudo.
- Viemos nus ao mundo e nus voltaremos.
- Nada se leva da vida além do que se foi.
Relacionados
- Memento mori (recordar a finitude da vida)
- Desapego material
- Provérbios sobre efemeridade e morte
Contrapontos
- Pode ser usado para justificar negligência financeira ou ausência de planeamento (ex.: falta de poupança para necessidades futuras).
- Nem sempre é apropriado em contextos que exigem responsabilidade (como cuidar de dependentes ou organizar uma herança).
- Ao aceitar passivamente a perda de bens, corre‑se o risco de negligenciar medidas práticas de proteção e prevenção.
Equivalentes
- Inglês
You can't take it with you. - Espanhol
Nadie se lleva nada de este mundo. - Francês
On n'emporte rien de ce monde. - Alemão
Man kann nichts mitnehmen.