Come, come, que teu mal é fome.

Come, come, que teu mal é fome.
 ... Come, come, que teu mal é fome.

Incentiva a comer quando a necessidade é apenas a fome; sugere resolver diretamente um problema simples e imediato.

Versão neutra

Come; se tens fome, come — o teu problema é a fome.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que, quando a dificuldade é apenas a fome, a solução é simples: comer. Transmite a ideia de resolver imediatamente uma necessidade básica em vez de dramatizá-la.
  • Quando é apropriado usar esta expressão?
    É adequado em contextos informais para incentivar alguém a alimentar-se — por exemplo entre familiares ou amigos. Deve evitar‑se em situações onde os problemas são mais complexos ou quando a pessoa pode sentir-se envergonhada.
  • Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
    Sim. Se usado de forma insensível ou irónica perante quem enfrenta insegurança alimentar, doença ou sofrimento emocional, pode parecer redutor e ofensivo.

Notas de uso

  • Expressão tradicional em português usado para incentivar alguém a alimentar-se sem cerimónias.
  • Tom frequentemente coloquial; pode ser afectuoso (quando dito a amigos ou crianças) ou ligeiramente brusco/irónico.
  • Usar com cuidado quando a situação envolve problemas mais complexos do que apenas fome, para não parecer insensível.
  • Regista-se sobretudo em contexto familiar e popular, menos em registos formais.

Exemplos

  • Quando o sobrinho recusou o prato por estar distraído, a avó sorriu e disse: «Come, come, que teu mal é fome.»
  • Ao ver o sem-abrigo hesitar entre aceitar comida ou manter-se orgulhoso, alguém murmurou: «Come, come, que teu mal é fome», num tom de incentivo.
  • No almoço de trabalho, perante quem dizia não ter apetite por nervosismo, outro colega respondeu: «Come, come, que teu mal é fome», para o encorajar a comer algo leve.

Variações Sinónimos

  • Come, que o teu mal é a fome.
  • Se tens fome, come.
  • Quem tem fome, tem de comer.

Relacionados

  • Quem tem fome não escolhe pão.
  • À fome de sete dias não há pão duro.
  • Mais vale um gosto do que mil cuidados.

Contrapontos

  • Nem todos os problemas se resolvem com comida — em situações de saúde mental, pobreza estrutural ou doença, a expressão pode ser redutora.
  • Usada de forma irónica pode minimizar necessidades emocionais ou económicas mais profundas.
  • Em contextos sensíveis (p.ex. insegurança alimentar), é preferível uma resposta mais empática e prática.

Equivalentes

  • es
    Come, come, que tu mal es hambre.
  • en
    Eat, eat; your trouble is hunger.
  • fr
    Mange, mange, ton mal est la faim.