Contra factos, não há argumentos.

Quando há provas ou acontecimentos objectivos, argumentos puramente retóricos ou opinativos ficam sem fundamento.

Versão neutra

Diante de factos objectivos, os argumentos perdem força.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se dispõe de evidência objetiva e verificável que torna irrelevante uma discussão meramente especulativa ou retórica. Use-o para sublinhar a força das provas, mas não para impedir a necessária explicação do contexto.
Pode este provérbio ser usado para encerrar qualquer debate?
Não. Só é razoável se os 'factos' invocados forem confiáveis, verificáveis e relevantes. Invocar o provérbio para calar opiniões legítimas ou quando os dados são contestados é um abuso retórico.
Qual é a diferença entre um facto e uma opinião?
Um facto é um acontecimento ou dado verificável (ex.: um contrato assinado, resultado de um teste). Uma opinião é uma interpretação, julgamento ou crença sobre esses factos. Interpretar factos frequentemente requer argumento.
Os factos resolvem sempre as disputas?
Não sempre. Factos bem estabelecidos reduzem a margem para controvérsia factual, mas muitas disputas giram em torno de interpretação, responsabilidade, moralidade ou prioridades, que exigem argumentos.

Usa-se para sublinhar que evidências concretas encerram ou limitam uma discussão.
É frequente em contextos jurídicos, jornalísticos, científicos e administrativos para valorizar provas documentais ou resultados verificáveis.
Deve ser aplicado com cautela: o que se apresenta como 'facto' pode ser contestado, mal interpretado ou baseado em dados incompletos.
Não justifica silenciar explicações legítimas sobre causas, contexto ou interpretação dos factos.

Quando apresentou o contrato assinado e as testemunhas, concluiu: "Contra factos, não há argumentos" — a discussão terminou.
Os testes laboratoriais confirmaram a contaminação; no relatório final escreveu-se que, contra factos, não havia espaço para dúvida.

Factos podem ser interpretados de maneiras diferentes; argumentos servem para explicar contexto e causalidade.
Dados errados, manipulados ou fora de contexto não são 'factos' sólidos; a qualidade da evidência importa.
Em ciência e justiça, a interpretação dos factos exige método e argumentação, não apenas apresentação de imagens ou números.