Quem não é por mim, é contra mim.
Apresenta uma visão dicotómica: quem não apoia activamente uma causa é considerado como estando do lado oposto.
Versão neutra
A ausência de apoio tende a ser interpretada como oposição.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A expressão aparece nos Evangelhos do Novo Testamento (Mateus 12:30 e Lucas 11:23) e é atribuída a Jesus; tem sido usada desde então em contextos religiosos e seculares. - É apropriado usar este provérbio em debates públicos?
Depende do propósito: pode galvanizar apoiantes, mas também polarizar audiências e silenciar posições nuançadas, pelo que deve ser usado com cautela. - Que alternativas existem para transmitir exigência de apoio sem polarizar?
Formular pedidos claros de compromisso («precisamos do seu apoio»), explicar razões e abrir espaço para diálogo são estratégias menos confrontacionais.
Notas de uso
- Usado frequentemente em contextos religiosos, políticos e de grupo para exigir compromisso claro.
- Funciona como chamada à lealdade ou mobilização; pode ser retórico e polarizador.
- Não considera posições neutras, críticas construtivas ou a diversidade de motivos para não apoiar.
- Em discurso público, tende a excluir ou pressionar indecisos e moderados.
Exemplos
- No comício, o líder partidário disse: «Quem não é por mim, é contra mim», para forçar declarações públicas de apoio.
- Numa reunião de equipa, usar a expressão pode silenciar sugestões críticas e dividir colegas entre ‘‘a favor’’ e ‘‘contra’’.
- Quando confrontado com críticas, preferiu a linha do «quem não é por mim, é contra mim», em vez de debater propostas alternativas.
Variações Sinónimos
- Ou estás comigo, ou estás contra mim.
- Quem não me apoia está contra mim.
- Quem não toma partido, toma partido pelo oposto (variação crítica).
Relacionados
- Quem não toma partido, toma partido (afirmação crítica sobre neutralidade).
- A neutralidade às vezes favorece o vencedor (aforismo sobre consequências da indiferença).
- Frases bíblicas sobre lealdade e exclusão em discursos religiosos.
Contrapontos
- Nem toda ausência de apoio equivale a oposição; alguém pode ser neutro, indeciso ou crítico de métodos, não da finalidade.
- A exigência de adesão absoluta ignora pluralidade de opiniões e pode prejudicar o diálogo democrático.
- Em contextos profissionais, pressionar para um 'lado' reduz a capacidade de resolução colaborativa de problemas.
Equivalentes
- Inglês
He who is not with me is against me. - Espanhol
Quien no está conmigo, está contra mí. - Francês
Qui n'est pas avec moi est contre moi. - Latim
Qui non est mecum, contra me est.