De ninguém quero mais que o que de si me dá
Não exigir dos outros mais do que aquilo que eles nos oferecem por vontade própria; aceitar apenas o que nos é dado livremente.
Versão neutra
A ninguém peço mais do que aquilo que me oferece voluntariamente.
Faqs
- Qual é o sentido principal deste provérbio?
Expressa a ideia de não exigir dos outros mais do que aquilo que nos oferecem por sua vontade; é uma regra de moderação nas expectativas. - É um provérbio resignado ou prudente?
Pode ser ambos: prudente quando reconhece limites alheios; resignado quando usado para aceitar situações injustas sem reivindicação. - Quando é inadequado usar este provérbio?
É inadequado em contextos de direitos, salários ou situações de exploração, onde exigir condições justas é necessário. - Existe uma versão mais moderna desta frase?
Sim — por exemplo: «A ninguém peço mais do que aquilo que me oferece» — com o mesmo sentido, em linguagem atual.
Notas de uso
- Registo: expressão de língua culta/arcaica; hoje soa mais formal ou literária.
- Tom: pode transmitir prudência, reconhecimento de limites alheios ou resignação.
- Contextos: relações pessoais, trocas sociais e expectativas de reciprocidade; também usado para justificar não reclamar quando se recebe pouco.
- Cautela: empregada sem cuidado, pode justificar passividade perante exploração; em contextos de direitos ou justiça social, exigir mais pode ser legítimo.
- Gramática/estética: construção relativamente antiga («que o que de si me dá»); versões modernas simplificam a frase mantendo o sentido.
Exemplos
- Depois de receber ajuda apenas ocasional, ele disse: «De ninguém quero mais que o que de si me dá» e passou a não contar com favores futuros.
- Num debate sobre voluntariado, Maria afirmou que aceita apoio sincero e não cobra nada: «De ninguém quero mais que o que de si me dá», explicou como princípio pessoal.
Variações Sinónimos
- A ninguém peço mais do que me dá
- A ninguém exijo mais do que aquilo que me oferece
- Não quero de ninguém senão o que de si me der
- Não peço mais do que aquilo que me dão
Relacionados
- Cada um dá segundo as suas possibilidades
- Não se pede a quem não tem
- Quem dá, dá conforme pode
Contrapontos
- Há situações em que exigir direitos e reparações é legítimo; não aceitar injustiças não é sempre querer mais do que nos dão.
- A reciprocidade esperada em relações justas pode implicar pedir mais do que se recebe inicialmente.
- Usada para justificar passividade, esta expressão pode encobrir dinâmicas de exploração que devem ser contestadas.
Equivalentes
- Inglês
I ask of no one more than what they give me. - Espanhol
A nadie le pido más que lo que me da. - Francês
À personne je ne demande plus que ce qu'il me donne. - Italiano
A nessuno chiedo più di quanto mi dà. - Alemão
Ich verlange von niemandem mehr als das, was er mir gibt.