Aparências exteriores ou comportamento pouco recomendável não impedem que alguém saiba tirar partido da vida; não se deve julgar logo pelo aspeto.
Versão neutra
As aparências enganam: alguém de aspeto descuidado pode saber aproveitar a vida.
Faqs
Qual é a ideia principal deste provérbio? A ideia é que a aparência ou a conduta exterior podem enganar: alguém que parece mal é, por vezes, bom em viver ou em tirar proveito das circunstâncias.
Posso usar este provérbio para desculpar más ações? Deve ter cuidado: o provérbio descreve um fenómeno social, mas não justifica comportamento antiético. É melhor usá‑lo para notar surpresa sobre resultados, não para legitimar atitudes prejudiciais.
Onde se usa este provérbio? Principalmente em conversas informais e comentários sobre pessoas ou situações inesperadas; também aparece em textos populares e crónicas sociais.
Notas de uso
Usado para comentar uma pessoa que, apesar de parecer desmazelada, simplória ou de má fama, vive bem ou tem sucesso.
Pode ter tom admirável (elogio à habilidade de viver) ou irónico/pejorativo (minimizando princípios éticos).
Evita usá‑lo para justificar atitudes antiéticas: o provérbio descreve um facto social, não aprova moralmente o comportamento.
Adequado em conversas informais e textos sobre comportamento social, comedidos na crítica.
Exemplos
Ele vinha sempre mal vestido e com pouca educação aparente, mas claudicou as contas e vivia sem sobressaltos — debaixo de má capa há um bom vivedor.
Nunca julgues a vizinha pela roupa: tem um pequeno negócio próspero e trata bem da família — às vezes debaixo de má capa há um bom vivedor.
Variações Sinónimos
Debaixo de mau casaco há bom vivedor
As aparências enganam
Não julgue pela capa
O hábito não faz o monge
Relacionados
As aparências enganam
Não julgues um livro pela capa
O hábito não faz o monge
Contrapontos
Nem sempre uma má aparência encerra qualidades positivas; pode também indicar precariedade ou intenção duvidosa.
Usar este provérbio para desculpar comportamentos pouco éticos é problemático — reconhecer habilidade em viver não equivale a legitimar más ações.
Em contextos profissionais, aparência e comportamento podem ter consequências reais; o provérbio não anula essa realidade.