Expressa a ideia de que provas ou sofrimentos podem decorrer de uma ação divina ou de permissão divina, mas que a mesma divindade providencia consolo e cura posteriormente.
Versão neutra
Aquilo que causa a dor pode também ser a fonte da cura.
Faqs
Qual é a origem deste provérbio? A origem específica não é conhecida; trata-se de uma formulação popular baseada em tradições religiosas cristãs que ressaltam tanto a permissividade divina perante provas como a sua misericórdia curadora.
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado em contextos de fé ou quando se pretende consolar alguém que acredita numa providência divina. Deve evitar‑se em contextos profissionais de saúde ou quando pode ser interpretado como culpabilização da vítima.
Este provérbio pode ser ofensivo? Pode ser, se for usado para justificar sofrimentos ou para insensivelmente atribuir culpa à pessoa que sofreu. Usado com tacto e empatia, tende a ser visto como consolador por crentes.
Existe uma alternativa secular a este provérbio? Sim. Frases como 'Da adversidade pode nascer força' ou 'Depois da tempestade vem a bonança' transmitem esperança sem invocar uma causa divina.
Notas de uso
Usado sobretudo em contextos religiosos ou de fé para consolar alguém que sofre.
Implica confiança numa finalidade redentora do sofrimento, não numa explicação causal científica.
Deve ser usado com cuidado para não parecer que justifica ou culpa a vítima por adversidades.
Adequado em sermões, textos espirituais ou conversas íntimas entre crentes; menos apropriado em contextos seculares ou clínicos sem sensibilidade.
Exemplos
Depois da perda do emprego, Maria repetiu que 'Deus fere, porém Suas mãos curam' para se lembrar de que aquela crise podia trazer mudança e recuperação.
O padre disse à família enlutada: 'Deus fere, porém Suas mãos curam', como forma de lhes oferecer consolo e esperança na recuperação emocional.
Num debate público, alguém contrapôs o provérbio com cautela, alertando que não se deve usar essa ideia para desresponsabilizar instituições de apoiar vítimas.
Variações Sinónimos
Deus fere, mas cura
Deus castiga, mas também consola
O que fere, também sara
Deus prova, Deus cura
Relacionados
Deus escreve certo por linhas tortas
Deus dá e tira
Deus ajuda quem cedo madruga
Contrapontos
Nem todo sofrimento tem significado divino; muitas adversidades são resultado de factores naturais, sociais ou humanos.
Atribuir automaticamente o sofrimento a um castigo divino pode levar à estigmatização e à falta de apoio prático às vítimas.
Abordagens seculares preferem explicações psicológicas, médicas ou sociais e enfatizam intervenções práticas para a cura.