Mais faz a vista do amo que as suas mãos.
A atenção ou supervisão do patrão/chefe costuma produzir mais resultados do que o trabalho manual realizado por si próprio.
Versão neutra
A atenção do responsável tem mais efeito do que o seu trabalho manual.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer sublinhar que a supervisão, a autoridade ou a presença ativa de quem dirige produzem melhores resultados do que esforço manual isolado ou sem coordenação. - O provérbio implica que o trabalho manual não é importante?
Não necessariamente; realça sobretudo a importância da organização e da vigilância. Em muitos casos, trabalho bem coordenado e supervisão complementam‑se. - É um provérbio aplicável no contexto moderno de gestão?
Sim, na medida em que destaca a relevância da liderança e do acompanhamento. Contudo, é preciso evitar interpretações que promovam micromanagement ou desvalorizem a autonomia dos equipas.
Notas de uso
- Usa‑se para destacar o valor da fiscalização, autoridade ou da orientação perante trabalho descentralizado.
- Pode aplicar‑se em contextos agrícolas, empresariais ou domésticos onde a coordenação é determinante.
- Tem um tom descritivo; dependendo do contexto pode implicar crítica ao autoritarismo ou à falta de intervenção prática.
- Não significa que o trabalho manual seja irrelevante; sublinha a importância da gestão, da decisão e da visão estratégica.
Exemplos
- Na herdade, o dono que visita e organiza os trabalhos resolve problemas e aumenta a produção; mais faz a sua vista do que as suas mãos.
- Quando o projeto começou a falhar, a presença e acompanhamento do chefe corrigiram os erros — a sua supervisão valeu mais do que dobrar a equipa técnica.
- Num lar, basta o olhar atento do cuidador para prevenir acidentes; a sua vigilância faz mais do que os esforços pontuais de arranjar coisas.
Variações Sinónimos
- O olhar do amo vale mais do que as suas mãos.
- Mais vale a vista do dono do que o trabalho das mãos.
- A vista do patrão faz mais do que as suas mãos.
Relacionados
- O olho do dono engorda o cavalo (variante popular em espanhol/português)
- Quem manda, manda (sobre autoridade e comando)
- Quem não fiscaliza, perde (sobre importância da supervisão)
Contrapontos
- Nem sempre a supervisão substitui a competência técnica de quem trabalha; às vezes a execução especializada é mais decisiva.
- A atenção constante pode transformar‑se em micromanagement e diminuir a motivação e autonomia dos trabalhadores.
- Em equipas autogeridas, o valor da 'vista do amo' é reduzido; sistemas de confiança e responsabilidade podem valer mais.
Equivalentes
- Inglês
The master's eye does more than his hands. - Espanhol
El ojo del amo engorda el caballo. - Francês
L'œil du maître vaut mieux que ses mains.