Dos bons, bom penhor; dos maus, não fiador.
Gente de boa índole ou reputação é garantia de responsabilidade; pessoas de má reputação não devem ser tomadas como fiadores ou garantias.
Versão neutra
Aos bons, boa garantia; aos maus, não se pede fiador.
Faqs
- O que significa 'penhor' neste provérbio?
'Penhor' aqui tem o sentido figurado de garantia ou segurança — alguém em quem se pode confiar para responder por uma obrigação. - Posso usar este provérbio num contexto legal ou financeiro?
Sim, serve como conselho geral sobre confiança, mas em contextos formais deve complementar-se com verificações documentais e análise de risco. - O provérbio insinua que as pessoas más nunca são fiáveis?
O provérbio generaliza para transmitir uma norma prática: evita-se recorrer a quem tem má fama; contudo, reconhece-se que nem sempre as generalizações são absolutas. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; é uma observação sobre prudência na escolha de garantias, mas deve ser usado com cuidado para não estigmatizar pessoas sem prova.
Notas de uso
- Empregado para aconselhar sobre em quem confiar responsabilidades, recomendações ou garantias financeiras.
- Registo: popular e proverbial; tom neutro, pode ser usado em conversas formais e informais.
- Remete tanto à confiança moral como à utilidade prática de pedir garantias a alguém.
- Não substitui avaliação legal ou financeira: em contextos formais, exige-se verificação documental do fiador.
Exemplos
- Quando foram escolher o fiador para o contrato de arrendamento, o senhorio disse: «Dos bons, bom penhor; dos maus, não fiador», e recusou propostas de conhecidos com má fama.
- Ao avaliar quem recomendava para o projecto, o diretor pensou: dos bons, bom penhor; dos maus, não fiador — por isso preferiu alguém com historial de cumprimento de prazos.
- Antes de emprestar o dinheiro, o banco seguiu o princípio dos bons: bom penhor; dos maus, não fiador e exigiu referências sólidas.
Variações Sinónimos
- Aos honestos confia-se; aos desonestos não se pede fiador.
- Quem é bom dá garantia; quem é mau não serve de fiador.
- De quem é de bem, boa garantia; de quem não é, nada se espera.
Relacionados
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és (usar a companhia para avaliar carácter).
- A confiança é a base de qualquer compromisso (princípio geral relacionado).
Contrapontos
- Uma boa reputação não garante solvabilidade económica — a avaliação de um fiador deve incluir documentos e comprovativos.
- Pessoas com boa fama podem, por circunstâncias excecionais, também falhar; não é um método infalível de previsão de comportamento.
Equivalentes
- English
Trustworthy people make good security; untrustworthy people are no use as guarantors. - Español
De los buenos, buena garantía; de los malos, no fiador. - Français
Des bons, bonne caution; des mauvais, pas de garant.