Do bom, bom fiador, e do mau, nenhum penhor, nem nenhum fiador.
A confiança e a boa reputação atraem garantias; quem é digno de crédito arranja fiadores, enquanto o desonesto fica sem penhor nem garantia.
Versão neutra
Para o bom, há bons fiadores; para o mau, nenhum penhor nem fiador.
Faqs
- O que significa 'fiador' neste provérbio?
Aqui 'fiador' refere‑se a alguém que dá garantia pessoal pela fiabilidade de outra pessoa; simbolicamente, refere‑se à confiança social e à reputação. - Este provérbio justifica recusar ajuda a quem errou?
Não necessariamente. O provérbio descreve um comportamento social comum — recusa baseada em reputação — mas há argumentos éticos e práticos a favor da reabilitação e de critérios objetivos. - Posso usar este provérbio em contextos formais, como reuniões de trabalho?
Sim, desde que usado com cuidado. Funciona como comentário sobre risco e confiança, mas pode soar moralizador se aplicado a situações individuais sensíveis. - Tem origem histórica conhecida?
Não há indicação clara de origem literária precisa; é um provérbio tradicional que reflete conceitos antigos de garantia e honra.
Notas de uso
- Emprega‑se para justificar a relutância em prestar garantias a pessoas com má reputação.
- Tom formal / proverbial; adequado em conversas sobre crédito, honra e confiança.
- Não é literal: refere‑se sobretudo a confiança social e reputacional, não a regras legais.
- Pode ser usado para explicar decisões prudentes de bancos, empregadores ou amigos.
Exemplos
- O banco recusou aceitar como fiador o homem com antecedentes; do bom, bom fiador, e do mau, nenhum penhor, nem nenhum fiador.
- Quando me pediram para ser fiador, lembrei‑me do provérbio: se alguém tem má fama, não deve ser esperado que arranje garantia.
- Numa pequena sociedade, as pessoas com boa reputação conseguem favores e garantias; quem age mal acaba isolado e sem apoiantes.
- No comité de avaliação optaram por não aceitar referências de pessoas pouco fiáveis — foi o raciocínio do provérbio em prática.
Variações Sinónimos
- Do bom, bom fiador; do mau, nenhum fiador.
- Ao bom, bom fiador; ao mau, nenhum penhor.
- Para os bons há confiança; para os maus, nenhuma garantia.
Relacionados
- A boa fama abre portas.
- Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.
- A reputação é o melhor capital.
Contrapontos
- Nem sempre é legítimo excluir alguém por má fama: pode perpetuar injustiças ou impedir reabilitação.
- Existem casos de nepotismo ou corrupção em que pessoas pouco recomendáveis conseguem fiadores por influência.
- Critérios objetivos (rendimento, garantias reais) podem ser mais justos do que confiar apenas na reputação.
Equivalentes
- inglês
For the good, a good guarantor; for the bad, no pledge nor guarantor. - espanhol
Del bueno, buen fiador; del malo, ninguna prenda ni fiador. - francês
Pour le bon, un bon garant; pour le mauvais, ni gage ni garant.