Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se.?
Provérbios Persas
A incapacidade de discernir quando falar ou quando ficar calado revela fraqueza de juízo, carácter ou coragem.
Versão neutra
Mostrar fraqueza é ficar calado quando é preciso falar e falar quando é preciso ficar calado.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se para criticar decisões comunicativas erradas em contextos profissionais, pessoais ou políticos, sobretudo quando a falta de juízo causa prejuízo. - Significa que ficar calado é sempre fraco?
Não. O provérbio sublinha que é a incapacidade de avaliar o momento certo que revela fraqueza, não o acto do silêncio em si. - Como aplicar o princípio de forma prática?
Avalie o objectivo da comunicação, o risco de falar ou calar, e o impacto sobre terceiros; prepare o que dizer e escolha o momento adequado.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar alguém que age de forma inapropriada em contextos de diálogo ou decisão.
- Aplica‑se tanto a situações privadas (conversas íntimas) como públicas (reuniões, debates, imprensa).
- Relembra a importância do timing: a omissão e a imprudência verbal podem ser igualmente prejudiciais.
- Não é um axioma absoluto — em algumas circunstâncias silêncio ou fala têm motivações complexas (medo, estratégia, segurança).
Exemplos
- Num tribunal, o silêncio do acusado perante uma acusação séria pode ser interpretado como fraqueza, assim como a sua réplica intempestiva.
- No conselho da empresa, a diretora que não denunciou um erro quando devia falou tanto depois que perdeu credibilidade — duas formas de fraqueza.
- Diante de um pai doente, escolher falar para resolver problemas em vez de escutar pode agravar a situação; o provérbio alerta para esse juízo.
Variações Sinónimos
- Saber quando calar e quando falar é sinal de sabedoria.
- Quem não sabe o momento de falar ou de ficar calado revela fraqueza.
- Há força em quem sabe o timing da palavra e do silêncio.
Relacionados
- Em boca fechada não entram moscas — recomenda prudência no falar.
- Quem cala consente — atenta para interpretações do silêncio.
- Mais vale um bom silêncio do que palavras em vão — valoriza o silêncio oportuno.
Contrapontos
- O silêncio pode ser estratégico ou protector (p. ex. para evitar conflito ou proteger alguém), não necessariamente sinal de fraqueza.
- Falar em situações de injustiça é obrigação moral; calar‑se por medo não é virtuoso, mas a fala impetuosa também pode ser irresponsável.
- Contexto cultural e de poder altera a leitura: em regimes opressivos, calar pode ser auto‑preservação, não fraqueza.
Equivalentes
- English
Two things indicate weakness: to be silent when one should speak, and to speak when one should be silent. - Español
Dos cosas indican debilidad: callarse cuando hay que hablar, y hablar cuando hay que callarse. - Français
Deux choses montrent la faiblesse : se taire quand il faut parler, et parler quand il faut se taire.