Duro é deixar o usado.
É difícil desprender‑se do que é familiar, seja um objeto, hábito, emprego ou relação, mesmo quando já não serve bem.
Versão neutra
É difícil desapegar‑se do que já se usa/está habituado.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que é difícil abandonar aquilo a que estamos habituados — objetos, rotinas, empregos ou relações — mesmo que já não sejam úteis ou saudáveis. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer comentar ou justificar a resistência à mudança, seja por comodismo, apego sentimental, ou hábito. Pode ser usado em conversas informais e reflexões pessoais. - Tem origem conhecida ou histórica?
Não há origem documentada específica para esta formulação; corresponde a uma ideia comum nas línguas europeias sobre a dificuldade de quebrar hábitos e desapegar‑se do familiar. - É adequado para linguagem formal?
É mais coloquial e proverbiano; em contexto formal preferem‑se expressões neutras como «é difícil desapegar‑se do que é familiar».
Notas de uso
- Registo coloquial e popular; usado para justificar hesitação em mudar ou em deitar fora algo conhecido.
- Aplica‑se tanto a coisas físicas (roupas, móveis) como a comportamentos, rotinas e relações afetivas.
- Pode carregar um matiz de crítica (quando se justifica resistência à mudança) ou de compreensão (reconhece a dificuldade humana de desapegar).
- Normalmente dita quando alguém pondera trocar ou abandonar algo que já lhe é familiar.
Exemplos
- Depois de décadas na mesma empresa, disse: «Duro é deixar o usado», quando lhe ofereceram um cargo novo noutro sítio.
- Quando era tempo de limpar a casa, ela evitava deitar fora coisas velhas: «Duro é deixar o usado», explicava, por apego e por pensar que podia ser útil.
Variações Sinónimos
- Velhos hábitos custam a morrer.
- É difícil desapegar‑se do que nos é familiar.
- O hábito é uma segunda natureza.
Relacionados
- Mais vale o conhecido do que o desconhecido (preferência pela familiaridade).
- Águas passadas não movem moinhos (lembrar‑se do passado não ajuda o presente).
- Quem não arrisca não petisca (incentivo à mudança apesar da dificuldade).
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca — às vezes é preciso abandonar o familiar para ganhar algo melhor.
- Águas passadas não movem moinhos — permanecer preso ao que já foi só atrasa o progresso.
- Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe — tudo muda, por isso deixar o usado pode ser necessário.
Equivalentes
- inglês
Old habits die hard. - espanhol
Los viejos hábitos cuesta trabajo cambiarlos. - francês
Les vieilles habitudes ont la vie dure.