Em briga de cachorro grande, quem mete a mão acaba mordido.

Em briga de cachorro grande, quem mete a mão acab ... Em briga de cachorro grande, quem mete a mão acaba mordido.

Aviso de que, em conflitos entre duas partes poderosas, quem procura intervir corre risco de sair prejudicado.

Versão neutra

Quando duas partes poderosas entram em conflito, quem tenta intervir pode sair prejudicado.

Faqs

  • Este provérbio significa que nunca se deve ajudar em conflitos?
    Não necessariamente; significa que é preciso avaliar os riscos antes de intervir. Em situações de perigo ou injustiça grave, a intervenção pode ser necessária e justificada.
  • É de uso formal ou coloquial?
    É de uso coloquial e admoestatório; aparece em conversas informais e avisos práticos.
  • Tem origem certa ou autor conhecido?
    Não há autor conhecido; é um provérbio popular de origem incerta disseminado na língua portuguesa.

Notas de uso

  • Registo: informal; usado sobretudo em conversas e advertências.
  • Contextos típicos: disputas empresariais, lutas políticas, conflitos familiares com pessoas influentes.
  • Cuidado: não deve servir de desculpa para não intervir quando existe obrigação moral ou legal de proteger alguém.
  • Tom: admoestatório — aconselha prudência ou recusa de intromissão numa contenda alheia.

Exemplos

  • Na reunião, dois administradores começaram a discutir e o gerente intermédio tentou mediar; no fim ficou sem apoio de ambas as partes — em briga de cachorro grande, quem mete a mão acaba mordido.
  • Entre os partidos rivais, o pequeno movimento que tentou interpor-se acabou marginalizado e sem recursos.
  • O vizinho quis intervir na disputa entre os dois proprietários influentes e teve a honra profissional posta em causa; às vezes é preciso medir os riscos antes de intervir.

Variações Sinónimos

  • Em briga de cachorros grandes, quem mete a mão leva.
  • Em disputa de gigantes, o pequeno que se mete sai prejudicado.
  • Não te metas onde não te chamam (variação com sentido semelhante)

Relacionados

  • Não metas a colher onde não te chamam.
  • Não cutuques o cão que dorme.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades (aviso sobre consequências de intervir imprudentemente)

Contrapontos

  • Intervir pode ser necessário quando há perigo iminente para terceiros; a máxima aplica-se sobretudo a conflitos de poder, não a situações de emergência.
  • A frase não absolve responsabilidade: em casos de abuso ou crime, a obrigação de proteger pode sobrepor-se ao receio de represálias.
  • Em vez de não agir, pode ser mais seguro procurar meios formais de intervenção (autoridades, mediação profissional) para reduzir o risco pessoal.

Equivalentes

  • inglês
    When elephants fight, it is the grass that suffers. (Quando dois poderosos lutam, os menores sofrem)
  • espanhol
    En pelea de perros, quien mete la mano sale mordido.