Em sua casa, cada um é rei.

Cada pessoa tem autoridade e autonomia na sua própria casa; a casa é o espaço onde se decide e se age livremente.

Versão neutra

Cada pessoa é soberana na sua própria casa.

Qual é a origem deste provérbio?
Não há uma origem documental clara atribuída a um autor específico; trata-se de uma fórmula popular que resume a ideia tradicional de autonomia doméstica presente em várias culturas.
Posso usar este provérbio para justificar qualquer comportamento em casa?
Não. Embora o provérbio descreva autonomia, decisões e comportamentos domésticos continuam sujeitos à lei, ao respeito por outros moradores e a normas de convivência.
O termo 'rei' é problemático em termos de género?
O uso de 'rei' é idiomático e histórico; hoje prefere‑se linguagem neutra como 'soberano' ou 'senhor' da casa quando se pretende evitar conotações de género.
Quando convém usar este provérbio de forma irónica?
Use‑o com ironia quando alguém abusa da sua autoridade doméstica ou quando a 'soberania' proclamada entra em conflito com regras sociais, legais ou o bom senso.

Usa-se para justificar decisões domésticas ou comportamentos que só podem ser regulados pelo proprietário ou pelos membros da família.
Pode ser usada de forma afirmativa (defesa da autonomia) ou irónica (quando alguém abusa dessa autoridade).
Não significa que regras sociais, legais ou éticas não se apliquem dentro de um lar; indica sobretudo uma expectativa de soberania doméstica.
Em contextos modernos, a expressão pode entrar em choque com normas de coabitação (pares, famílias partilhadas, arrendamentos) e com questões de consentimento e segurança.

Quando os filhos querem decorar o quarto à sua maneira, a mãe lembrou-lhes: em sua casa, cada um é rei — mas com respeito pelas regras da família.
O proprietário explicou ao inquilino que, no jardim da sua vivenda, em sua casa cada um é rei, desde que não infrinja as leis municipais nem cause perigo.

A casa é o castelo (A man's home is his castle).
Cada macaco no seu galho (cada um no seu lugar)
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão (sobre desordem doméstica)

Direito e segurança: nem tudo o que o titular da casa decide está acima da lei (ex.: violência doméstica, ruído excessivo, infrações urbanísticas).
Coabitação: em famílias partilhadas as decisões são frequentemente negociadas, não unilaterais.
Propriedade partilhada: coproprietários, arrendatários ou conviventes têm direitos e deveres que limitam a 'soberania' absoluta.