Em sua casa governa o carvoeiro como o galo em seu poleiro.

Em sua casa governa o carvoeiro como o galo em seu ... Em sua casa governa o carvoeiro como o galo em seu poleiro.

Quem é dono ou responsável por um lugar decide as regras nesse lugar.

Versão neutra

Em sua casa manda quem a habita, tal como o galo no seu poleiro.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para sublinhar a autoridade de quem tem a posse ou a responsabilidade de um espaço, especialmente em contextos informais ou familiares.
  • O provérbio legitima comportamentos abusivos?
    Não. Apesar de afirmar autoridade no próprio espaço, não isenta de respeito por leis, contratos ou pelos direitos de outras pessoas.
  • É um provérbio ainda usado hoje?
    Sim, sobretudo em linguagem coloquial; pode aparecer com variantes mais modernas ('em casa mando eu') ou em tom irónico.

Notas de uso

  • Empregado para afirmar a autoridade de quem detém a casa, o estabelecimento ou o poder local.
  • Pode ter tom defensivo (justificar decisões próprias) ou irónico (quando a autoridade é limitada ou contestada).
  • Não legitima abusos: a autoridade doméstica convive com normas legais e direitos de terceiros.
  • Uso mais frequente em contextos informais; compreensão cultural depende de referências rurais tradicionais (carvoeiro, galo).

Exemplos

  • Quando os empregados começaram a sugerir mudanças, Marta respondeu: «Em minha casa governa o carvoeiro como o galo em seu poleiro» — ou seja, as decisões são dela.
  • Num tom mais leve, João disse ao cunhado que não se metesse na decoração: «Aqui mando eu, em minha casa é assim».
  • Numa reunião de condomínio, o vizinho lembrou: «Cada um decide no seu espaço — em casa somos nós que definimos as regras».

Variações Sinónimos

  • Em casa do dono, manda o dono.
  • Em sua casa manda quem a habita.
  • Quem tem a casa dita as regras.
  • Quem paga, manda.

Relacionados

  • Quem paga, manda.
  • Cada casa é um mundo.
  • Em casa de rei, quem manda é o rei (variação temática).

Contrapontos

  • Autoridade doméstica não é sinónimo de impunidade; leis e direitos (de moradores, trabalhadores, inquilinos) limitam decisões unilaterais.
  • Num espaço partilhado (família, condomínio, empresa) as regras resultam frequentemente de negociação e compromisso.
  • Uso do provérbio para justificar atitudes autoritárias pode ser socialmente malvisto ou legalmente contestável.

Equivalentes

  • inglês
    A man's home is his castle / Every man is king in his own house.
  • francês
    Chez soi on est roi.
  • espanhol
    En casa del dueño manda el dueño.