Favas, das mais caras; cerejas, das mais baratas.

Observação sobre a variação de preços: o que é escasso tende a ser mais caro e o que é abundante tende a ser mais barato.

Versão neutra

O preço depende da oferta: o que é abundante tende a ser mais barato; o que é escasso tende a ser mais caro.

Qual é a ideia central deste provérbio?
Que o preço de algo costuma depender da sua disponibilidade: bens abundantes tendem a ser mais baratos; bens raros, mais caros.
Quando se usa este provérbio?
Usa‑se ao comentar variações de preço por sazonalidade ou escassez, ou figuradamente para apontar que algo valorizado é raro ou que algo comum tem pouco valor.
Tem origem conhecida?
Não há registo de autor ou data precisos; trata‑se de um ditado de raiz popular, provavelmente associado a comunidades rurais e ao comércio local.
É um provérbio económico?
Sim, traduz um princípio básico de economia (oferta e procura) numa forma popular e concisa.

Usa‑se para comentar oscilações de preços ou o efeito da oferta e procura em bens e serviços.
Emprega‑se de forma literal (no mercado, sazonalidade de produtos) ou figurada (valores, prioridades, gostos).
Tom irónico: pode servir para criticar situações em que algo inesperado tem preço elevado ou para sublinhar inconsistências do mercado.
Registo coloquial e de sabedoria popular; mais frequente em contextos rurais ou comerciais.

Com a colheita tardia, as cerejas ficaram raras e caras — afinal, favas das mais caras; cerejas, das mais baratas.
Quando a produção de peixe caiu, o preço subiu; é o mesmo princípio: o que há em pouca quantidade fica mais caro.
Disse‑lhe para não se espantar com a diferença de preços entre esta época e o ano passado — favas, das mais caras; cerejas, das mais baratas.

Quem paga manda (quando o poder de compra altera escolhas)
Cada coisa no seu preço (ideia de que os valores variam conforme circunstâncias)
O barato sai caro (contraponto prático sobre preço e qualidade)

Nem sempre o mais caro é melhor — preço alto pode não corresponder a qualidade.
Mercados regulados ou intervenções estatais podem impedir que a oferta e a procura determinem livremente os preços.
Produtos de marca ou de nicho mantêm preços altos apesar da abundância por fatores de marketing ou prestígio.