Favas me fartam, favas me matam.
Alerta para os perigos do excesso: algo que sacia ou agrada pode também prejudicar ou até causar dano.
Versão neutra
O que é demais pode ser prejudicial.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que o excesso de algo, mesmo que inicialmente benéfico ou agradável, pode tornar-se prejudicial. É um aviso sobre a importância da moderação. - É uma expressão literal sobre as favas?
Na maior parte dos usos é metafórica. Contudo, há ligação histórica ao favismo — algumas pessoas com deficiência enzimática (G6PD) podem sofrer reações graves ao consumir favas. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir contra exageros em situações de consumo, trabalho, relacionamentos ou quando se quer sublinhar que mais nem sempre é melhor. Evite em contextos clínicos sem precisão. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Depende do tom e do contexto. Pode soar julgador se usado para criticar alguém directamente. Evite no discurso que envolva condições médicas pessoais.
Notas de uso
- Expressa-se principalmente em contextos de moderação, avisando contra exageros (comida, trabalho, prazer, dinheiro).
- Tom coloquial e popular; adequado em frases informais ou como máxima moralizante.
- Pode empregar-se de forma irónica para criticar ganância ou sobreconsumo.
- Evitar usar literalmente sem contexto médico: a referência a 'matar' é metafórica na maioria dos usos, embora haja relação histórica com o favismo.
Exemplos
- Comprou tantas horas extra que já não tem tempo para a família — favas me fartam, favas me matam.
- Adora doces, mas come até se sentir mal; convém lembrar: favas me fartam, favas me matam.
- Na política, procurar poder a todo o custo pode sair caro: favas me fartam, favas me matam.
Variações Sinónimos
- O que é demais enjoa.
- Mais vale pouco e bom do que muito e mau.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- A dose faz o veneno (parafraseando Paracelso).
Relacionados
- O que é demais enjoa.
- Quem tudo quer tudo perde.
- A dose faz o veneno.
- Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Contrapontos
- Nem sempre o excesso transforma benefício em dano — depende da dose, da pessoa e do contexto.
- Usar o provérbio como justificação para evitar mudanças ou riscos pode ser conservador e impedir oportunidades.
- A referência literal pode ser sensível para quem tem questões médicas (p.ex. favismo) — cuidado ao empregar de forma insensível.
Equivalentes
- inglês
Too much of a good thing can be bad. - espanhol
Lo mucho cansa / Demasiado de algo bueno hace daño. - francês
Trop de bonnes choses nuit. - alemão
Was zu viel ist, ist ungesund. - latim
Dosis sola facit venenum (a dose faz o veneno).