Hóspede e pescada, aos três dias enfada.

Visitantes, como peixe, agradam no início mas ficam incómodos se a estadia se prolongar além do aceitável.

Versão neutra

Visitas, como peixe, agradam no início, mas podem tornar-se incómodas se durarem demasiado tempo.

O provérbio é literal ou figurado?
É figurado: compara o incómodo que pode surgir com visitas prolongadas ao cheiro do peixe passado, para enfatizar a necessidade de limites na duração das estadias.
É rude dizer este provérbio a um convidado?
Pode ser interpretado como ofensivo se dito directamente ao convidado. É normalmente usado entre anfitriões ou terceiros de forma jocosa ou como justificação para estabelecer limites.
Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais sobre hospitalidade, ao discutir visitas que se prolongam para além do esperado, ou em comentários culturais sobre costumes de visita e estadia.

Usa-se para justificar ou explicar a necessidade de limitar a duração de uma visita.
Empregado de forma jocosa ou crítica; pode ser dito com humor entre amigos ou de forma máscula para marcar limites.
Não deve ser usado para menosprezar situações em que uma estadia longa é necessária por motivos de força maior (doença, acolhimento, emergência).
Aplicável também a contextos profissionais: colaboradores temporários que permanecem além do previsto podem tornar-se incómodos.

Quando o primo veio passar uma semana, começámos por disfrutar da companhia, mas passados três dias percebi que já se encaixava no provérbio: hóspede e pescada, aos três dias enfada.
A empresa acolheu um estagiário durante um mês extra; alguém comentou ao fim de duas semanas: «Hóspede e pescada, aos três dias enfada», para sublinhar que a extensão se tornara incómoda.

A hospitalidade é uma virtude; nem todas as visitas longas são indesejadas — o contexto pessoal e a intenção importam.
Em situações de necessidade (refúgio, doença, apoio), prolongar a estadia é aceitável e socialmente valorizado, contrariando o sentido literal do provérbio.