Irmão de balseiro não paga passagem.
Denuncia favorecimento ou isenção de regras por laços de parentesco ou amizade.
Versão neutra
Parente do barqueiro não paga a travessia.
Faqs
- O provérbio é ofensivo?
Não é necessariamente ofensivo; é uma crítica social incisiva ao favorecimento por laços pessoais, usada de forma irónica ou condenatória. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para comentar situações em que alguém recebe benefícios indevidos por parentesco ou amizades influentes, especialmente em contexto informal. - É um provérbio regional?
A expressão tem ligações a zonas ribeirinhas e marítimas, mas a ideia estendeu‑se oralmente pelo português como comentário social sobre privilégios.
Notas de uso
- Usa-se para apontar nepotismo, compadrio ou privilégio indevido.
- Frequentemente empregado em contextos informais e conversas críticas sobre injustiça ou impunidade.
- Tem tom coloquial e pode ser irónico quando se observa que alguém não cumpre as mesmas obrigações que os outros.
Exemplos
- Quando o técnico aceita sempre as horas extras dele de graça, os colegas comentaram: «Irmão de balseiro não paga passagem.»
- Num debate sobre contratos públicos, alguém disse que certos fornecedores escapam às regras porque têm amigos no Conselho — «Irmão de balseiro não paga passagem.»
- O dono da loja deixa o primo levar mercadoria sem pagar; os vizinhos repetem o provérbio como crítica ao favorecimento.
Variações Sinónimos
- Parente do barqueiro não paga a travessia.
- Parente de quem manda não paga.
- Quem tem padrinho não paga.
Relacionados
- Nepotismo
- Favoritismo
- Compadrio
- «Quem tem padrinho não morre pagão» (expressão relacionada)
Contrapontos
- A lei é igual para todos.
- Justiça e imparcialidade: todos devem cumprir as mesmas regras.
- Transparência e prestação de contas como forma de evitar privilégios.
Equivalentes
- Inglês (literal)
The ferryman's brother doesn't pay the fare. - Inglês (idiomático)
It's not what you know but who you know. - Espanhol (literal)
El hermano del barquero no paga el pasaje. - Francês (literal)
Le frère du batelier ne paie pas la traversée.