Juiz de aldeia, quem o deseja que o seja

Juiz de aldeia, quem o deseja que o seja.
 ... Juiz de aldeia, quem o deseja que o seja.

Em comunidades pequenas, quem ambiciona um cargo de autoridade deve aceitá‑lo e as suas consequências; sugere também que essas posições podem ser parciais, contestadas ou objeto de desejo.

Versão neutra

Se alguém deseja ser juiz da aldeia, que assuma o lugar e as suas consequências.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que, numa comunidade pequena, quem ambiciona uma posição de autoridade deve aceitá‑la juntamente com responsabilidades e críticas; sugere também que tais cargos são desejados e discutidos localmente.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em conversas informais para comentar alguém que procura ou assume um cargo local e as consequências sociais dessa escolha. Evite‑o em contextos formais que tratem da independência judicial.
  • O provérbio é ofensivo?
    Em si não é ofensivo, mas pode ser interpretado como crítico ou irónico em relação a quem aceita um cargo; cuidado se usado para impugnar a integridade de pessoas sem prova.

Notas de uso

  • Registo informal; usado para comentar situações em que alguém procura uma função de destaque numa comunidade restrita.
  • Pode ter tom irónico: implica que o papel traz responsabilidades e críticas inevitáveis.
  • Não deve ser usado literalmente para desvalorizar a independência de magistrados num contexto institucional moderno.
  • Aplica‑se também de forma metafórica a qualquer cargo local (presidente de junta, líder de associação, etc.).

Exemplos

  • Quando toda a gente começou a criticar as novas regras, ela respondeu: «Juiz de aldeia, quem o deseja que o seja» — já tinha aceite o cargo e as críticas.
  • O candidato aceitou a presidência da associação sabendo que teria de ouvir reclamações: juiz de aldeia, quem o deseja que o seja.

Variações Sinónimos

  • Quem quer ser juiz, que o seja.
  • Juiz de vila, quem o deseja que o seja.
  • Se queres o lugar, assume‑o.

Relacionados

  • Em terra de cegos, quem tem um olho é rei (sobre destaque local)
  • Quem quer o lugar, que o ocupe (sobre assumir responsabilidades)
  • A fama traz mais inimigos do que amigos (sobre o custo da visibilidade)

Contrapontos

  • Num Estado de direito, um juiz não deve ser escolhido por simpatia local, mas por critérios de imparcialidade e competência.
  • Assumir um cargo por desejo pessoal não garante justiça nem boa gestão; responsabilidade e neutralidade são exigidas.
  • A expressão pode minimizar problemas de nepotismo ou parcialidade que devem ser enfrentados institucionalmente.

Equivalentes

  • inglês
    Village judge — if you want it, be it.
  • espanhol
    Juez de aldea, quien lo desea que lo sea.