Mais vale um roto a um descosido

Mais vale um roto a um descosido.

É preferível aceitar algo imperfeito mas utilizável do que nada ou algo inutilizável.

Versão neutra

Mais vale algo imperfeito do que nada utilizável.

Quando se deve usar este provérbio?
Usa-se quando há de tomar uma decisão prática e a única opção disponível é imperfeita, mas ainda assim útil. Expressa preferência por algo funcional em vez de nada.
Significa que devemos conformarmo‑nos sempre com menos?
Não necessariamente. O provérbio indica pragmatismo em situações concretas, não uma recomendação geral para aceitar sempre opções inferiores quando existam alternativas melhores.
É um provérbio ofensivo ou discriminatório?
Normalmente não. É uma expressão de uso comum sobre coisas e decisões práticas. Como qualquer provérbio, o tom e o contexto determinam se pode ser percebido como insensível.

Registo coloquial — usado em conversas informais e decisões práticas.
Aplica-se a coisas, pessoas ou soluções: votar, contratar, aceitar uma reparação provisória, etc.
Forma variável: por vezes aparece como 'Mais vale um roto do que um descosido' ou sinónimos mais gerais.
Não implica aprovação entusiástica do estado imperfeito, mas pragmatismo face a uma necessidade.

Estamos com urgência de pessoal; aceitámos o candidato menos experiente — mais vale um roto a um descosido.
Não havia outro casaco limpo para levar, levou o remendado: mais vale um roto a um descosido, aquecia-o na viagem.
Se não há alternativa melhor, toma-se a solução provisória: mais vale um roto a um descosido.

Mais vale pouco que nada (sentido próximo de aceitar algo pequeno em vez de nada)
Antes o pouco que nada (idem)
Quem não tem cão caça com gato (pragmatismo/uso do disponível)

Mais vale prevenir do que remediar (prioriza a prevenção e a qualidade sobre soluções paliativas)
Melhor pouco e bom do que muito e mau (valoriza qualidade em vez de aceitar algo inferior só por ter)