Marido, não vejas; mulher, cega não sejas.
Aconselha que o homem evite olhar para tentações e que a mulher não seja ingénua ou ignore sinais de comportamento.
Versão neutra
Cônjuge, evita olhar para tentações; o outro, não ignore o que vê.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que se aconselha o homem a evitar olhar para tentações e a mulher a não ser ingénua ou a ignorar sinais de comportamento do parceiro. - É um provérbio adequado hoje em dia?
Depende do contexto: pode ser citado para explicar tradições populares, mas em termos de ética relacional moderna é criticável por reforçar papéis de género desiguais. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em discussões informais sobre costumes antigos ou ao analisar expectativas sociais históricas; evitar o uso em contextos profissionais ou como conselho sério sem reflexão crítica. - Tem origem literária conhecida?
Não há fonte literária ou data claramente identificáveis; pertence à tradição oral popular.
Notas de uso
- Usado para comentar comportamentos no contexto conjugal, especialmente sobre fidelidade e atenção mútua.
- Transmite uma expectativa assimetricas sobre papéis e responsabilidades entre homens e mulheres; pode ser considerado antiquado ou sexista hoje.
- Geralmente aparece em contextos informais ou familiares; pouco apropriado em comunicações formais por conotar juízos de carácter.
- Interpretação prática: mistura um apelo à contenção (ao homem) com um apelo à vigilância/realismo (à mulher).
Exemplos
- Ao falar sobre confiança no casamento, ela citou o provérbio: «Marido, não vejas; mulher, cega não sejas», para pedir equilíbrio entre contenção e atenção.
- Num debate na aldeia sobre infidelidade, alguém comentou: «Este ditado diz muito sobre expectativas antigas: marido não veja e mulher não seja cega», criticando a desigualdade implícita.
Variações Sinónimos
- Marido não olhes, mulher não sejas cega.
- Homem, não vejas; mulher, não sejas ingénua.
- Parceiro, evita olhar; parceira, não feches os olhos.
Relacionados
- Olhos que não veem, coração que não sente — sobre evitar ver para não sofrer.
- Quem ama confia — contraponto que valoriza a confiança mútua.
- Fiel como um cão — expressões sobre fidelidade (tom popular).
Contrapontos
- Critica contemporânea: impõe papéis desiguais — pede que o homem se contenha mas que a mulher vigie, fomentando falta de responsabilidade recíproca.
- Perspetiva moderna: ambos os parceiros devem ser responsáveis pela fidelidade e pela clareza na relação; confiança e comunicação substituem vigilância unidireccional.
- Aplicação prática alternativa: em vez de instruir um a não ver e o outro a vigiar, promover limites mútuos e diálogo sobre expectativas.
Equivalentes
- Inglês
Husband, do not look; wife, do not be blind. - Espanhol
Marido, no mires; mujer, no seas ciega.