Mata o cavalo da sela, e bom é o asno que me leva.
Depois de perderes ou rejeitares a melhor opção, qualquer alternativa inferior passa a parecer boa; também indica ironia sobre preferir ou elogiar algo menos valioso depois de aniquilar o mais útil.
Versão neutra
Depois de perderes a melhor opção, tornas-te obrigado a aceitar algo inferior.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para criticar ironicamente uma decisão que destruiu ou descartou a melhor opção, deixando apenas alternativas inferiores. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar censurador ou sarcástico dependendo do tom; evite em contextos muito formais ou sensíveis. - Tem origem conhecida?
Não existe registo preciso de origem. Parece tratar‑se de expressão popular rural transmitida oralmente. - Há usos modernos frequentes?
Sim — costuma aparecer em comentários sobre má gestão, políticas públicas, decisões empresariais e relações pessoais onde se perde o que era mais útil.
Notas de uso
- Tom irónico ou crítico: usado para apontar decisões contraproducentes que tornam aceitáveis soluções inferiores.
- Registo coloquial e popular; mais comum em ambientes rurais ou em linguagem figurada.
- Adequado para comentar erros de gestão, más escolhas pessoais ou situações em que se elimina o recurso mais valioso.
- Pode transmitir censura perante quem destrói uma vantagem e depois se contenta com pouco.
Exemplos
- Depois de despedir a equipa experiente, a direção elogiou a nova equipa júnior: mata o cavalo da sela, e bom é o asno que me leva.
- Ela queimou todas as hipóteses de conciliar trabalho e família e agora aceita qualquer emprego mal pago; é o caso do provérbio — mata o cavalo da sela, e bom é o asno que me leva.
- Quando cortaste o financiamento ao projecto mais produtivo e depois aplaudiste a alternativa mais barata, parecias repetir o ditado: depois de perderes o cavalo, qualquer asno serve.
Variações Sinónimos
- Matar o cavalo da sela
- Depois de perder o melhor, aceita-se o menos bom
- Quem elimina a melhor opção, elogia a restante
Relacionados
- Quem não tem cão, caça com gato — faz-se o possível com o que há disponível.
- Não se atira fora a água do banho com o bebé — advertência para não perder o essencial ao mudar algo.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar — sobre valorizar o que se tem.
Contrapontos
- Mais vale prevenir que remediar — aconselha evitar a situação que leva a aceitar soluções inferiores.
- Não cortar a mão que nos alimenta — sugere não destruir a fonte de benefício.
Equivalentes
- Inglês
If you kill the horse you're riding, any donkey that carries you will be good. - Espanhol
Mata al caballo de la silla, y bueno es el asno que me lleva. - Francês
Tue le cheval de la selle, et l'âne qui me porte est bon.