Não cases com moça de janela, nem compres terra de ladeira

Não cases com moça de janela, nem compres terra  ... Não cases com moça de janela, nem compres terra de ladeira

Aconselha prudência: evita escolher parceiros com reputação exposta ou decisões precipitadas; e evita investimentos/actos arriscados e instáveis.

Versão neutra

Não te cases com quem está à vista de todos, nem compres terreno inclinado.

Faqs

  • O que significa exactamente 'moça de janela'?
    Historicamente, era a rapariga que passava tempo à janela, visível à rua e à comunidade; isso podia indicar disponibilidade, pouca privacidade ou risco reputacional. Modernamente refere-se a relações demasiado expostas, superficiais ou fundamentadas apenas na aparência.
  • Por que é que 'terra de ladeira' é desaconselhada?
    Terrenos em ladeira têm maior risco de erosão, instabilidade e problemas de drenagem, tornando obras e cultivo mais difíceis. Figurativamente, simbolizam oportunidades com risco óbvio ou falta de segurança.
  • É um provérbio sexista?
    O provérbio reflecte normas sociais antigas que podem ser percebidas como sexistas hoje. Serve como alerta contra escolhas precipitadas, mas convém evitá-lo como forma de controlar ou julgar indevidamente o comportamento de mulheres.
  • Quando posso usar este provérbio?
    Use-o ao advertir alguém sobre decisões tomadas por impulso — por exemplo, casar rapidamente por atracção visível ou investir sem avaliar riscos. Explique a metáfora em contextos formais ou sensíveis.

Notas de uso

  • Provérbio de sabedoria popular, usado para advertir sobre escolhas impulsivas em namoro, casamento ou investimento.
  • A 'moça de janela' refere-se tradicionalmente a uma mulher muito visível à comunidade, implicando risco social ou tentação; hoje pode referir-se a relações demasiado públicas ou superficiais.
  • Comprar 'terra de ladeira' alude a terrenos instáveis, sujeitos a erosão ou problemas de drenagem; em sentido figurado refere-se a oportunidades com risco evidente.
  • É apropriado em contexto informal ou familiar; em contextos formais convém explicar a metáfora para evitar interpretações ofensivas.
  • Deve ser usado com cuidado para não reforçar estereótipos de género ou julgar a autonomia de outras pessoas.

Exemplos

  • Quando ela sugeriu aceitar a proposta sem ver as condições, lembrei-me: 'não cases com moça de janela, nem compres terra de ladeira' — precisamos de avaliar melhor a situação.
  • O terreno era mais barato por ficar numa encosta, mas o engenheiro avisou dos riscos; no fundo, aplicava-se o ditado sobre não comprar terra de ladeira.

Variações Sinónimos

  • Não te cases à pressa, não compres por impulso
  • Não te cases por fachada, nem invistas no instável
  • Não casques por atração nem compres por aparência

Relacionados

  • Casa por amor, casa por pena (formas de advertir sobre motivos de casamento)
  • Quem casa quer casa (sobre responsabilidade e estabilidade no casamento)
  • Mais vale prevenir que remediar (cautela antes de agir)

Contrapontos

  • Hoje em dia, 'estar à vista' não implica falta de virtude ou desonra; as normas sociais mudaram e a advertência pode ser injusta se aplicada sem contexto.
  • Nem toda terra em encosta é má — com engenharia adequada pode ser segura; a frase aplica-se melhor ao risco evidente que a terrenos valorizados por vistas.
  • A autonomia individual e a igualdade de género tornam desadequado usar o provérbio para controlar ou reduzir opções pessoais de outrem.

Equivalentes

  • English
    Look before you leap; don't marry in haste, repent at leisure (warns against impulsive marriage or risky choices).
  • Español
    No te cases con la de la ventana, ni compres tierra en la ladera (equivalente literal e interpretativo em espanhol).
  • Français
    Ne te précipite pas (conseil de prudence pour les mariages hâtifs ou investissements risqués).