Não cries galinha onde a raposa mora, nem creias em mulher que chora

Não cries galinha onde a raposa mora, nem creias  ... Não cries galinha onde a raposa mora, nem creias em mulher que chora.

Advertência para não depositar bens ou confiança em locais ou pessoas onde existe risco evidente; também alerta contra se deixar enganar por lágrimas supostamente manipuladoras.

Versão neutra

Não crie galinhas onde mora a raposa, nem acredites em lágrimas que parecem manipuladas.

Faqs

  • O que significa este provérbio em poucas palavras?
    Significa que não se deve confiar bens ou segurança a locais ou pessoas onde existe um risco óbvio, e alerta para não se deixar manipular por demonstrações emocionais aparentes.
  • A segunda parte é sexista?
    Sim, a formulação tradicional pode ser interpretada como sexista porque generaliza sobre 'mulheres que choram'. Hoje é preferível reformular para evitar estereótipos e focar no comportamento (lágrimas manipuladoras) em vez do género.
  • Como aplicar este provérbio numa decisão prática?
    Use-o como regra de prudência: verifique riscos antes de alocar recursos e baseie julgamentos em factos e comportamento consistentes, não apenas em display emocional pontual.
  • Quando não devo aplicar este provérbio?
    Não o aplique de forma automática para justificar desconfiança generalizada; ele não substitui investigação, empatia ou avaliação caso a caso.

Notas de uso

  • Usado para advertir sobre exposição desnecessária a risco (financeiro, afectivo, profissional).
  • A segunda parte tem tom moralizante e pode reflectir preconceitos de género; convém contextualizar ou neutralizar em uso actual.
  • Aplicável tanto a situações práticas (não guardar dinheiro onde há ladrões) como a relações humanas (não confiar cegamente).
  • Evite usar de forma a generalizar ou discriminar grupos (por exemplo, contra mulheres).

Exemplos

  • Antes de abrir uma filial naquela zona considerada insegura, lembrou-se do provérbio: 'Não cries galinha onde a raposa mora' e decidiu estudar melhor o mercado.
  • Quando o colega tentou culpar outro e começou a chorar durante a reunião, ela pensou: 'não creias em mulher que chora' — no sentido de não deixar o choro imediato ditar a decisão—e pediu provas.
  • Ao lidar com doadores, a organização seguiu a ideia de não pôr recursos onde há risco de desvio; não colocou todos os fundos numa única entidade.
  • Num debate sobre manipulação emocional, alguém observou que lágrimas não devem ser automaticamente interpretadas como sinceras; é preciso avaliar contexto e actos.

Variações Sinónimos

  • Não crie galinhas à porta da raposa.
  • Não ponhas recursos onde há perigo evidente.
  • Não te deixes enganar por lágrimas fáceis.
  • Não metas o teu gado à mercê do lobo.

Relacionados

  • Não ponhas todos os ovos no mesmo cesto.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Cuidado com os lobos em pele de cordeiro.
  • Quem muito se desgruda, pouca confiança tem.

Contrapontos

  • Chorar pode ser genuíno: não é correto assumir má-fé apenas pela expressão emocional.
  • Em algumas circunstâncias é necessário correr riscos para progredir; evitar todo o risco pode impedir oportunidades.
  • A desconfiança generalizada mina relações; a prudência deve equilibrar-se com a abertura e verificação de factos.

Equivalentes

  • Inglês
    Literal: "Don't raise chickens where the fox lives." / For the second part: "Beware of crocodile tears."
  • Espanhol
    "No críes gallinas donde vive el zorro." / Para lágrimas: "Cuidado con las lágrimas de cocodrilo."
  • Francês
    «Ne pas élever des poules là où habite le renard.» / «Méfiez‑vous des larmes de crocodile.»