Não crie cão a quem não sobeja pão.

Não crie cão a quem não sobeja pão.
 ... Não crie cão a quem não sobeja pão.

Não devemos atribuir responsabilidades, compromissos ou dependências a quem não tem meios para as manter — nem prometer ou oferecer algo que não podemos sustentar.

Versão neutra

Não atribuas responsabilidades a quem não tem meios para as cumprir.

Faqs

  • Quando posso usar este provérbio?
    Quando se quer aconselhar cautela antes de assumir compromissos, atribuir responsabilidades ou prometer recursos que não existem.
  • É um provérbio ofensivo?
    Depende do tom e do contexto. Dito com crítica directa pode magoar; usado como conselho prático é neutro e focado na responsabilidade.
  • Significa que não devemos ajudar quem precisa?
    Não exactamente. O provérbio aconselha a avaliar a capacidade de ajudar para evitar criar dependências insustentáveis — não invalida a ajuda quando ela é possível e responsável.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar prudência ao atribuir tarefas, favores ou bens quando faltam recursos para os suportar.
  • Aplica-se tanto a situações financeiras (não prometer ou dar o que não se pode pagar) como a decisões de gestão ou delegação (não confiar cargos a quem não tem condições).
  • Pode ser usado de forma prática e neutra; em tom acusatório pode soar crítico para quem recebe o conselho.

Exemplos

  • Antes de contratar mais funcionários, pensa se a empresa tem receitas suficientes — não cries cão a quem não sobeja pão.
  • Não emprestes dinheiro que precisas no fim do mês; não faças promessas que não podes cumprir.

Variações Sinónimos

  • Não dês o que não tens.
  • Não prometas aquilo que não podes sustentar.
  • Não atribuas cargos a quem não tem condições para os exercer.

Relacionados

  • Não ponhas a carroça à frente dos bois.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Mais vale prevenir do que remediar.

Contrapontos

  • Às vezes a generosidade exige assumir riscos e ajudar quem precisa, mesmo sem garantias.
  • Existem situações morais em que assistir alguém supera a cautela financeira; o provérbio representa uma advertência pragmática, não uma proibição absoluta de dar apoio.

Equivalentes

  • inglês
    Don't bite off more than you can chew. (Não assumas mais do que consegues suportar.)
  • espanhol
    No prometas lo que no puedas cumplir. (Não prometas o que não podes cumprir.)
  • francês
    Ne demande pas l'impossible. (Não peças/ou prometas o impossível.)