Não é a fortuna que falta aos homens, mas o juízo em aproveitá‑la, ...

Não é a fortuna que falta aos homens, mas o juí ... Não é a fortuna que falta aos homens, mas o juízo em aproveitá-la, quando ela os visita.

A ideia central é que o problema não é a ausência de dinheiro, mas a falta de sensatez para o gerir e aproveitar quando surge.

Versão neutra

O problema não é ter dinheiro, mas saber usá‑lo quando ele chega.

Faqs

  • Qual é a mensagem principal deste provérbio?
    Que possuir recursos não basta: é preciso prudência, planeamento e sensatez para os aproveitar corretamente quando surgem.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Ao comentar casos de má gestão de dinheiro ou oportunidades — por exemplo, heranças mal geridas, subsídios desperdiçados ou ganhos repentinos sem planeamento.
  • Este provérbio culpa a pessoa pela sua situação?
    Tem um tom moralizante e enfatiza a responsabilidade individual, mas não ignora que factores externos (pobreza estrutural, falta de acesso a conhecimento) também afectam a capacidade de gerir recursos.
  • Como aplicar esta ideia de forma prática hoje?
    Promovendo educação financeira, planeamento orçamental, aconselhamento em investimentos e criando redes de apoio que ajudem a transformar oportunidades em benefícios duradouros.

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar quem tem recursos mas age sem prudência ou sem planeamento.
  • Aplica‑se em contextos financeiros, empresariais e pessoais — sempre que a má gestão desperdiça oportunidades.
  • Tom moralizante: frequentemente pronunciado como advertência ou conselho prático.
  • Registo: adequado em linguagem culta e coloquial; funciona bem em comentários reflexivos ou críticas construtivas.

Exemplos

  • Herdou uma pequena fortuna e gastou tudo em luxo; prova que não basta ter dinheiro, confirma‑se o provérbio: faltou‑lhe juízo quando a fortuna o visitou.
  • A empresa recebeu um subsídio importante e investiu mal; não é a fortuna que lhes faltou, foi o juízo em aproveitá‑la.
  • Num caso familiar, quem ganhou na lotaria acabou por voltar à pobreza por falta de planeamento — claro exemplo de que não é a fortuna que falta, mas o juízo.

Variações Sinónimos

  • Não é falta de riqueza, é falta de juízo para a usar.
  • A fortuna chega, o juízo não — e é aí que mora o problema.
  • O que falta não é dinheiro, é sensatez para o administrar.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
  • Não há bem que sempre dure.

Contrapontos

  • Em muitos casos, a ausência de recursos materiais é efetivamente o problema — sem capital inicial certas oportunidades são inacessíveis.
  • Estruturas sociais e económicas (pobreza, discriminação) limitam a capacidade de 'aproveitar' uma eventual fortuna, independentemente do juízo individual.
  • A sorte e o tempo também importam: mesmo com bom juízo, um contexto desfavorável pode impedir o aproveitamento.

Equivalentes

  • Inglês
    It is not fortune that men lack, but the wisdom to use it when it comes.
  • Espanhol
    No es la fortuna lo que les falta a los hombres, sino el juicio para aprovecharla cuando les visita.
  • Francês
    Ce n’est pas la fortune qui manque aux hommes, mais le jugement pour en faire bon usage quand elle se présente.