
Não se deve confiar em quem demonstra incapacidade, descontrole ou falta de precisão nas suas funções.
Versão neutra
Não confio em quem não controla as suas ferramentas ou responsabilidades.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para expressar desconfiança fundamentada em repetidas falhas ou falta de controlo em funções essenciais. Evite‑o para criticar alguém por um erro isolado. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como ofensivo, pois implica incompetência. Use com cuidado e preferencialmente em comentário crítico, não pessoal. - Tem aplicação fora do contexto militar?
Sim. O provérbio é metafórico e aplica‑se a qualquer situação em que confiabilidade e destreza sejam exigidas: trabalho, equipa, tarefas técnicas ou responsabilidades.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar desconfiança perante alguém que falha repetidamente em tarefas essenciais.
- Tem um tom de advertência e pode soar crítico ou duro dependendo do contexto.
- Aplicável fora do contexto militar, como em trabalho, responsabilidade familiar ou equipa.
- Evitar usar como justificação para discriminar após um único erro; melhor quando há padrão de incompetência.
Exemplos
- O chefe recusou‑lhe a promoção: 'Não me fio em soldado que as armas caem da mão' — já tinha falhado prazos importantes.
- Quando vejo alguém que se atrapalha com tarefas básicas, penso: não me fio em soldado que as armas caem da mão; prefiro outra pessoa para a missão.
- Na oficina, o patrão explicou: não podemos pôr o carro em estrada com quem não segura as ferramentas — é a mesma ideia do provérbio.
- Num projecto de emergência, os colegas decidiram não confiar no voluntário que, na última vez, deixou cair equipamento essencial.
Variações Sinónimos
- Não confio em soldado que larga as armas.
- Quem deixa cair as armas não inspira confiança.
- Não se confia em quem perde as ferramentas.
- Não confio em quem falha quando é preciso.
Relacionados
- Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és (sobre caracter e confiança)
- Casa roubada, trancas à porta (sobre prevenir riscos e escolher bem)
- Em tempo de guerra se conhece o valente (sobre provar‑se em crise)
Contrapontos
- Um único erro não define a capacidade; acidentes acontecem.
- Alguém pode falhar por inexperiência ou pressões externas e depois melhorar com treino.
- Na avaliação de confiança, convém considerar contexto, historial e possibilidade de reparação.
Equivalentes
- Inglês
I wouldn't trust a soldier whose weapons fall from his hands. (equivalente literal); idea: don't trust someone who can't be relied on in a crisis. - Espanhol
No me fío de un soldado a quien se le caen las armas. (variante literal usada em fala popular) - Francês
Je ne fais pas confiance à un soldat qui laisse tomber ses armes. (equivalente literal)