Não ruge, nem muge

Não ruge, nem muge.

Indica alguém que permanece passivo ou indiferente perante uma situação — não reclama nem intervém.

Versão neutra

Não reage nem intervém.

Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para comentar situações em que alguém devia agir ou reagir e, em vez disso, permanece silencioso ou inativo.
É ofensivo dizer a alguém que 'não ruge, nem muge'?
Depende do contexto: pode ser uma crítica direta à passividade e, por isso, soar censuradora; em contexto neutro serve apenas para constatar comportamento.
Tem sempre conotação negativa?
Nem sempre; pode ser uma observação factual. Contudo, com frequência transmite desaprovação pela falta de intervenção.

Usa‑se para criticar ou descrever quem não toma partido, não denuncia nem ajuda quando esperado.
Registo: informal; frequência em linguagem coloquial e crítica social.
Pode aplicar‑se a particulares, testemunhas, líderes ou instituições.
Não implica necessariamente coragem ou covardia moral — por vezes denota prudência ou ignorância.

Quando a equipa precisava de liderança, o diretor ficou calado — não ruge, nem muge, e a situação agravou‑se.
Na assembleia, muitos queixaram‑se dos cortes, mas o deputado permaneceu sem palavras: não ruge, nem muge.
Os vizinhos viram o problema a crescer e ninguém chamou as autoridades; em vez de agir, ficaram na expectativa — não ruge, nem muge.

Quem cala consente (parcialmente relacionado: silêncio interpretado como aceitação)
Ficar a ver navios (ficar sem obter aquilo que se esperava, por inação)
Sentar‑se em cima do muro / sit on the fence (neutralidade ou indecisão)

Quem não chora, não mama (encoraja a queixar‑se ou reclamar em vez de permanecer passivo)
Quem não se mexe, não sai da toca (defende a ação em vez da inação)